Russas afirmam que não vão liberar navio do Greenpeace
A Rússia anunciou hoje que não reconhece a competência do Tribunal Internacional de Direito Marítimo, que pediu ao país que liberasse o navio do Greenpeace, confiscado durante a ação dos ativistas em 19 de setembro. O Artic Sunrise continuará em poder das autoridades russas.
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Segundo um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, “A Rússia parte do princípio que o caso do Artic Sunrise não é da alçada do Tribunal Internacional do Direito Marítimo.”
O Ministério explicou que Moscou não foi completamente favorável à ratificação da Convenção das Nações Unidas que criou o Tribunal, mas que analisará a decisão e vai se posicionar a respeito.
O Tribunal pediu nesta sexta-feira à Rússia que liberasse toda a tripulação do navio do Greenpeace, mediante o pagamento de uma fiança de 3,6 milhões de euros. A corte, baseada em Hamburgo, foi acionada pela Holanda que pediu à Rússia a libertação dos membros do Greenpeace e do navio.
O navio do Greenpeace Artic Sunrise foi confiscado no mar de Barents em setembro pela guarda-costeira russa. Os ativistas tentaram escalar uma plataforma de petróleo da Gazprom no Ártico. Todos os integrantes da tripulação de 30 pessoas, entre eles a brasileira Ana Paula Maciel, foram detidos, acusados inicialmente de pirataria.
Ana Paula deixou a prisão de Mormansk há dois dias, depois do pagamento de uma fiança de 45 mil euros. Ela está em São Petesburgo e só poderá deixar o país depois do julgamento. Até agora, quase todos os ativistas tiveram a liberdade provisória decretada.
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