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Ucrânia/Crise

Premiê propõe descentralização de poderes na Ucrânia

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Iatseniuk, esteve nesta sexta-feira (11) no leste do país para dialogar com os separatistas pró-russos. Ele propôs reforçar a autonomia das regiões. As manifestações separatistas despertaram o temor de uma intervenção russa. Segundo a Otan, Moscou reuniu até 240 mil homens na fronteira com a Ucrânia. Além disso, o presidente Vladimir Putin se comprometeu a proteger "a todo custo" as populações russas da antiga União Soviética.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Iatseniuk, discursou em Donetsk, no leste do país, nesta sexta-feira (11).
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Iatseniuk, discursou em Donetsk, no leste do país, nesta sexta-feira (11). REUTERS/Andrew Kravchenko/Pool
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O premiê ucraniano visitou Donetsk, uma das duas cidades do leste russófono onde milhares de ativistas ocuparam prédios públicos.

Iatseniuk anunciou que o projeto da nova constituição contém "um número significativo" de poderes, atualmente detidos pelo governo central, que serão transferidos para os executivos regionais. Um exemplo é a possibilidade de investir parte dos impostos nacionais nas economias e infraestruturas locais.

Esse projeto de descentralização parece concebido para responder à exigência de autonomia dos separatistas sem chegar até o federalismo, uma opção defendida pela Rússia para garantir a segurança da população russófona.

Os chefes das diplomacias da Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e União Europeia se reúnem na próxima quinta-feira (17) em Genebra a fim de encontrar uma solução diplomática para a crise ucraniana.

Para as novas autoridades de Kiev, os separatistas que ocupam desde o último final de semana o prédio dos serviços de segurança (SBU) em Lohansk e a sede do governo regional de Donetsk estão colocando em ação um plano elaborado pelo Kremlin para desmembrar a Ucrânia e já experimentado, segundo Kiev, na Crimeia, que foi anexada pela Federação da Rússia.

Arseni Iatseniuk, que visitou nesta sexta-feira Donetsk e Dnipropetrovsk, uma outra cidade do leste, pediu novamente aos separatistas que entreguem as armas e desocupem os prédios públicos.

Um primeiro ultimato, lançado na quarta-feira (9) pelo ministro do Interior, Arsen Avakov, expirou sem que as forças de segurança tomassem qualquer medida. Kiev propôs uma anistia aos ativistas, sem obter resultado.

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