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Escócia/Independência/Referendo

Referendo sobre independência da Escócia tem participação recorde

Cerca de 80% dos 4.285.323 de eleitores escoceses foram às urnas nesta quinta-feira (18) para decidir se querem ou não a independência do país. O resultado deve ser anunciado na manhã desta sexta-feira.

Os votos do referendo escocês começaram a ser contados na noite desta quinta-feira.
Os votos do referendo escocês começaram a ser contados na noite desta quinta-feira. REUTERS/Dylan Martinez
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Maria Luísa Cavalcanti, correspondente da RFI em Londres

Faltam poucas horas para a Escócia conhecer seu destino: se aprova a independência ou se permanece no Reino Unido, mantendo uma aliança de 307 anos. A contagem dos votos começou às 22h no horário local (18h em Brasília), assim que os postos de votação fecharam suas portas.

O pleito foi realizado sem tumulto, mesmo se as filas de eleitores começaram antes mesmo da abertura das zonas eleitorais, às 7h. O líder da campanha pela independência e chefe do governo escocês, Alex Salmond, votou no condado de Aberdeen e disse que esta é uma oportunidade única na vida do país. Já o ex-ministro das Finanças Alastair Darling, que lidera a campanha do “não”, foi recebido com vaias e aplausos ao comparecer para votar em Edimburgo.

A lei eleitoral proíbe pesquisas de boca de urna, e a imprensa também foi impedida de noticiar qualquer informação relativa às duas campanhas. Mas as redes sociais estão repletas de fotos e comentários sobre o referendo, assim como a imprensa internacional.

Reação do mercado financeiro

O mercado financeiro reagiu diante do contexto e a libra esterlina registrou os índices mais altos dos últimos dois anos. Muitos analistas interpretaram isso como um sinal de confiança do mercado na vitória do “não”, ou seja, da permanência no Reino Unido.

Nas últimas semanas, as sondagens indicavam praticamente um empate técnico, com o “não” liderando por uma pequena margem, de até quatro pontos percentuais. Mas algumas pesquisas chegaram a colocar o “sim” na frente por alguns dias.

Os últimos momentos da campanha foram marcados por uma grande mobilização dos dois lados, tanto por parte dos militantes quanto pelos principais líderes políticos do país, como o primeiro-ministro David Cameron e o ex-premiê Gordon Brown, ambos partidários da permanência da Escócia no Reino Unido. Alguns bancos e grandes empresas anunciaram sua oposição à independência e alertaram para as consequências econômicas da vitória do “sim”. Mas os independentistas, conduzidos pelo líder do Partido Nacional Escocês, Alex Salmond, conseguiram aproveitar o bom momento da campanha para transmitir aos eleitores uma imagem positiva, de uma Escócia próspera e mais justa socialmente.

A votação está sendo acompanhada de perto por líderes de movimentos independentistas de várias regiões da Europa. Alguns até enviaram representantes para Edimburgo, como o País Basco e a Catalunha.

A decisão final do povo escocês vai ser conhecida na manhã desta sexta-feira. 

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