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França / Grécia

Defesa: a França vende três fragatas à Grécia

Quase duas semanas depois de ter sido desencadeada a 'crise dos submarinos", a França assinou hoje com a Grécia um acordo para a aquisição por este país de 3 fragatas francesas da empresa "Naval Group" a serem entregues à marinha grega em 2025.

Kyriakos Mitsotakis, primeiro-ministro grego e o presidente francês Emmanuel Macron esta manhã no palácio do Eliseu, em Paris.
Kyriakos Mitsotakis, primeiro-ministro grego e o presidente francês Emmanuel Macron esta manhã no palácio do Eliseu, em Paris. Ludovic Marin POOL/AFP
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Este acordo orçado em vários biliões de Euros e que prevê uma quarta fragata em opção, constitui uma nova etapa na parceria estratégica entre Paris e Atenas. Logo depois de rubricar este acordo no Palácio do Eliseu juntamente com o chefe do governo grego, o Presidente Emmanuel Macron enalteceu a "Europa da Defesa".

"Esta parceria inscreve-se em perfeita coerência e no pleno respeito dos nossos compromissos junto da União Europeia e da NATO, reforçando a sua efectividade em proveito da protecção dos nossos territórios e dando-nos a possibilidade de actuar mais eficazmente, de forma mais coordenada juntos, a favor da paz, da segurança no Mediterrâneo, no Médio Oriente, em África e nos Balcãs. Contribui deste modo à independência europeia, ao reforço da soberania da Europa e à paz e segurança internacionais", considerou o presidente francês.

Presidente Macron com tradução de Leonardo Silva
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Presidente Macron com tradução de Leonardo Silva

Na óptica do chefe de Estado, "os europeus precisam ser menos crédulos", Macron incitando os seus parceiros europeus a "mostrar que têm igualmente a capacidade de se defenderem".

Este acordo foi assinado numa altura em que ainda não se dissipou totalmente a 'crise dos submarinos' entre a França de um lado e os Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália do outro, com a invalidação de um acordo de fornecimento de submarinos franceses a Camberra por um acordo estratégico entre os australianos, o americanos e os britânicos. Um acto que a França considerou como tendo sido "uma traição".

Foi neste contexto que a Grécia, com a qual os Estados Unidos também pretendiam estabelecer um acordo de fornecimento de material bélico, acabou por escolher a proposta de Paris. Ao especificar que com este acordo Atenas não está numa dinâmica de agressão para com o seu adversário regional, a Turquia, o primeiro-ministro grego recordou que "a França esteve do lado dos gregos durante o período difícil do verão de 2020", numa alusão às disputas territoriais entre Ancara e Atenas que azedaram as suas relações há um ano.

Na Turquia, o ministério da Defesa reagiu com circunspecção, dizendo apenas ter "tomado nota" deste anúncio.

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