Morte de jihadista implicado em assassínio de humanitários franceses
O estado-maior do exército francês anunciou, terça-feira a morte de um quadro do grupo jihadista Estado Islâmico no Grande Saara, responsável pelo assassínio de seis trabalhadores humanitários franceses e de dois assistentes nigerinos, em Agosto de 2020, no decurso,de uma excursão a uma reserva animal. Segundo a citada instituição, o quadro do referido grupo foi "neutralizado" pelas forças da operação Barkhane.
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Tido como um dos chefes do grupo jihadista, Estado Islâmico no Grande Saara, Soumana Boura, foi morto durante um ataque aéreo levado a cabo, a 20 de Dezembro de 2021 no Níger, ao norte da cidade de Tillaberi, na zona chamada de "três fronteiras", nos confins do Níger, do Mali e do Burkina Faso.
Segundo o estado-maior das Forças Armadas francesas, Boura, era parte integrante do comando de jihadistas, de moto, que assassinou seis trabalhadores franceses das ONG humanitárias Acted e Impact, sediadas no Níger, no dia 9 de Agosto de 2020, durante uma visita à reserva animal de Kouré, no sudoeste do país africano, onde vive uma espécie de girafas ameaçada. O guia e o motorista nigerinos foram também assassinados, na mesma ocasião.
De acordo com o estado-maior francês, Soumana Boura, efectuou os citados assassínios por ordem de Abou Walid Sahraoui, emir do grupo jihadista, igualmente morto pelas forças da Barkhane em Agosto de 2021.
O estado-maior do exército francês, afirma que Boura filmou a execução dos trabalhadores humanitários, assim como do guia e do motorista, e assegurou a sua mediatização.
Nos últimos meses as forças da operação Barkhane multiplicaram a "neutralização" de quadros do grupo "Estado Islâmico no Grande Saara" no Níger, bem como no vizinho Mali, sem todavia ter conseguido pôr termo à actuação dos grupos jihadistas armados na região entre o Sahel e o Saara.
Esta última impotência, frente ao terrorismo islâmico, tem contribuído para a escalada da tensão entre o governo francês e os seus homólogos da região do Sahel, nomeadamente o do Mali, liderado por militares.
As tensões entre Bamako e Paris, fizeram com que as autoridades malianas procurassem uma aproximação com a Rússia, com em pano de fundo o anúncio , em Junho de 2021, do fim da operação Barkhane pelo Presidente francês, Emmanuel Macron.
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