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França/Terrorismo

Morte de jihadista implicado em assassínio de humanitários franceses

O estado-maior do exército francês  anunciou, terça-feira a morte de um quadro do grupo jihadista Estado Islâmico no Grande Saara, responsável pelo assassínio de seis trabalhadores humanitários franceses e de dois assistentes nigerinos, em  Agosto de 2020, no decurso,de uma excursão a uma reserva animal. Segundo a citada instituição, o quadro do referido grupo foi  "neutralizado" pelas forças da operação Barkhane.  

Um dos  16  painéis luminosos instalados em Bamako, capital do Mali, que  divulgam videos curtos sobre a operação Barkhane. Bamako.25 de Novembro de 2021.
Um dos 16 painéis luminosos instalados em Bamako, capital do Mali, que divulgam videos curtos sobre a operação Barkhane. Bamako.25 de Novembro de 2021. © Manon Laplace / RFI
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Tido como um dos chefes do grupo jihadista, Estado Islâmico no Grande Saara, Soumana Boura, foi morto durante um ataque aéreo levado a cabo, a  20 de Dezembro de 2021 no Níger, ao norte  da cidade de Tillaberi, na  zona chamada de  "três fronteiras", nos confins do Níger, do Mali e do Burkina Faso.

Segundo o estado-maior das Forças Armadas francesas, Boura, era parte integrante do comando de jihadistas, de moto, que  assassinou seis trabalhadores franceses das ONG humanitárias Acted e Impact, sediadas no Níger, no dia 9 de Agosto de 2020, durante uma visita à reserva animal de Kouré, no sudoeste do país africano, onde  vive  uma espécie de girafas ameaçada. O guia e o motorista nigerinos foram também assassinados, na mesma ocasião.

De acordo com o estado-maior  francês, Soumana Boura,  efectuou os citados assassínios por  ordem de Abou Walid Sahraoui, emir do grupo jihadista, igualmente morto pelas forças da Barkhane em Agosto de 2021.

O estado-maior do exército francês, afirma que Boura filmou a execução dos trabalhadores humanitários, assim como do guia e do motorista, e assegurou a sua mediatização.

Nos últimos meses as forças da operação Barkhane multiplicaram a "neutralização" de quadros do grupo "Estado  Islâmico no Grande Saara" no Níger, bem como  no vizinho Mali, sem todavia ter conseguido pôr termo à actuação dos grupos jihadistas armados na região entre o Sahel e o Saara.

Esta última impotência, frente ao terrorismo islâmico, tem contribuído para a escalada da tensão entre o  governo francês e os seus homólogos da região do Sahel, nomeadamente o do Mali, liderado por militares.

As tensões entre Bamako e Paris, fizeram com que as autoridades malianas procurassem uma aproximação com a Rússia, com em pano de fundo o anúncio , em Junho de 2021, do fim da operação Barkhane pelo Presidente francês, Emmanuel Macron.       

 

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