França: PS vota acordo alcançado com a França Insubmissa
Em França, o Partido Socialista vota esta quinta-feira, 5 de Maio, o acordo alcançado com o partido A França Insubmissa, de Jean-Luc Mélenchon, para uma aliança de esquerda nas legislativas de Junho. Várias figuras de proa são contra e o partido arrisca a cisão, naquilo que alguns chamam de "batalha titânica".
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A votação está marcada para o fim desta tarde no conselho nacional do Partido Socialista para validar o acordo alcançado com o partido A França Insubmissa, de Jean-Luc Mélenchon, para uma aliança de esquerda nas legislativas de Junho. Várias figuras de proa são contra e o partido arrisca a cisão, naquilo que alguns chamam de "batalha titânica".
Entre os opositores estão o ex-ministro Stéphane Le Foll, o ex-chefe de governo Bernard Cazeneuve, o ex-primeiro-secretário do PS Jean-Christophe Cambadélis,mas também o ex-Presidente da República François Hollande.
Todos acreditam que a linha política do PS é incompatível com a que é defendida por Jean-Luc Mélenchon, nomeadamente sobre a União Europeia, a laicidade, as instituições e a questão das pensões.
Martine Aubry, presidente da Câmara de Lille, mostrou-se favorável ao acordo, exortando os socialistas a validá-lo.
"Partilho as propostas de justiça social, como o aumento do poder de compra, a reforma aos 60 anos para todos aqueles que foram desgastados pelo trabalho, a defesa dos serviços públicos, em particular a escola e a saúde, a igualdade homem-mulher e o desenvolvimento da cultura”, salientando porém que este acordo não corresponde em todos os aspectos às [suas] profundas convicções
O primeiro-secretário do PS, Olivier Faure, defendeu o acordo com a França Insubmissa e reconheceu que "o verdadeiro Partido Socialista é um partido que aceitou, no passado, aliar-se a François Mitterrand e Lionel Jospin, aceitando a ideia de ir para uma certa forma de radicalismo.
Jean Luc-Mélenchon, terceira candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais de Cbril passado com cerca de 22% dos votos, já tinha anunciado um acordo com os comunistas e com os ecologistas franceses para criar uma frente política de esquerda e tentar derrotar o Presidente reeleito Emmanuel Macron.
As eleições legislativas francesas decorrem em duas voltas, 12 e 19 de Junho.
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