África marca presença no Festival de cinema de Cannes
Não há filmes africanos em competição nesta edição do Festival de Cannes, apenas um filme sueco sobre a teia de influências entre a religião muçulmana e o Estado no Egipto, em Boy from Heaven de Tarik Saleh. Porém o cinema do continente negro não fica de fora de muitos projectos em exibição no maior certame da sétima arte do mundo.
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Na secção "Un certain regard" (Um certo olhar) consta o filme "Tirailleurs" (fuzileiros), com um elenco em larga escala senegalês evocando a participação de tropas africanas, ao lado da França, durante a I Guerra Mundial.
Um filme tunisino "Harka" aborda o desencanto do pais da revolução de jasmim, a primeira das revoluções árabes, enquanto o marroquino "Bleu de caftan" destaca o tabu da homossexualidade.
Mas é na mostra paralela "A Quinzena dos realizadores" que são mais numerosas as propostas.
Acerca da África negra um filme "A barragem" evoca o Sudão, confrontado com dificuldades no acesso à água e com a contestação ao poder.
O marroquino "Les harkis" pega no tema das tropas argelinas que combateram junto à França em plena guerra da Argélia.
Por seu lado o tunisino "Ashkal" evoca a história da descoberta de corpos calcinados num estaleiro.
"Debaixo das figueiras", também da Tunísia é o retrato das relações tecidas durante a época da recolha dos figos.
Temas envolvendo África merecem também a atenção noutros projectos como o suíço "La dérive des continents (au Sud)" (A deriva dos continentes (ao Sul)", sobre as vagas migratórias na ilha italiana da Sicília e a gestão europeia destes fluxos.
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