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França/Eleição presidencial

Rivais de Sarkozy dão cartão vermelho ao presidente

"Dois meses de promessas não vão apagar os erros de 5 anos de governo", declarou Marine Le Pen, candidata da extrema-direita às eleições presidenciais francesas de abril e maio. Reagindo ao lançamento oficial da candidatura de Nicolas Sarkozy à reeleição, feito ontem à noite, Marine Le Pen exibiu um cartão vermelho ao chefe de Estado. "O balanço de Sarkozy é vergonhoso", atacou a líder da Frente Nacional, em terceiro lugar nas pesquisas.

Reprodução / TV
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Os rivais de Nicolas Sarkozy, 57 anos, agora oficialmente candidato à reeleição, criticam as propostas lançadas ontem pelo líder conservador em entrevista ao canal de televisão TF1. Sarkozy explicou que se sente no dever de disputar um segundo mandato porque "não pode abandonar o navio no meio da tempestade. "Se o comandante conduziu o barco na direção dos recifes, é preciso trocar o capitão", afirmou nesta quinta-feira François Bayrou, candidato de centro, quarto colocado nas pesquisas de intenção de voto.

Reagindo à colocação de Sarkozy de que não podia abandonar o posto, já que "os 5 anos do primeiro mandato não foram suficientes para cumprir o trabalho", o socialista Harlem Désir, da campanha do favorito François Hollande, disse que o presidente conservador abandonou os franceses há muito tempo, "sem políticas claras de emprego, de incentivo às empresas e com cortes de professores que desorganizaram o ensino público".

Primeiro comício do candidato UMP em Annecy

Será na cidade de Annecy, nos Alpes franceses, região em que concluiu a campanha para seu primeiro mandato, que Sarkozy fará hoje seu primeiro comício público. Com o slogan "A França Forte", ele vai defender uma das propostas centrais de sua candidatura: dar a palavra ao povo em referendos sobre medidas polêmicas como a reforma do seguro-desemprego. Sarkozy quer forçar os desempregados a aceitar postos de trabalho onde eles existirem, sem levar em conta a profissão ou o nível de estudos do candidato.

O governo está disposto a pagar cursos e treinamentos para uma reintegração rápida no mercado de trabalho, para evitar que o desempregado utilize os dois anos de seguro-desemprego a que tem direito pela lei. A proposta gera polêmica porque não leva em consideração o perfil profissional do candidato e o obrigaria a aceitar postos de trabalho de baixa qualificação.

Ontem à tarde, num comício em Rouen, sua cidade natal, o socialista Hollande disse que o mandato de Sarkozy foi um fiasco. "Ele entrou em campanha para a reeleição desde o primeiro dia do governo", criticou o candidato.

O socialista segue na liderança das sondagens. Segundo pesquisa do instituto Harris Interactive, divulgada nessa quarta-feira, Hollande tem 28% de intenções de voto, seguido por Nicolas Sarkozy com 24%, Marine Le Pen com 20% e François Bayrou com 13%.

Nova desistência

O político de centro-direita Hervé Morin, ex-ministro da Defesa, anunciou hoje que desistiu de disputar as presidenciais e vai apoiar Nicolas Sarkozy. Atualmente, 12 concorrentes pretendem disputar o primeiro turno, mas devido às exigências da lei eleitoral a lista oficial de candidatos só será definida no dia 16 de março.

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