Acesso ao principal conteúdo
DSK / Caso Sofitel

Começa processo civil de Strauss-Kahn nos EUA

Depois de ser indiciado pela justiça francesa e acusado de fazer parte de uma rede de prostituição de luxo, Dominique Strauss-Kahn tem novo compromisso com a justiça, desta vez nos Estados Unidos. Começa nesta quarta-feira no tribunal do Bronx, um bairro ao norte de Nova York, o processo civil sobre as acusações de agressão sexual feitas pela camareira do hotel Sofitel, Nafissatou Diallo. O ex-diretor do FMI já escapou da justiça penal. Agora seus advogados pedem também o arquivamento do processo na justiça civil, alegando que na época dos fatos ele tinha imunidade pelo cargo que ocupava no FMI.

Dominique Strauss-Kahn e sua esposa Anne Sinclair; o processo civil do ex-diretor do FMI , acusado de agressão sexual por Nafissatou Diallo, começa nesta quarta-feira em Nova York.
Dominique Strauss-Kahn e sua esposa Anne Sinclair; o processo civil do ex-diretor do FMI , acusado de agressão sexual por Nafissatou Diallo, começa nesta quarta-feira em Nova York. © AFP
Publicidade

Carolina Bonadeo, correspondente da RFI em Nova York

Acontece hoje a primeira audiência do caso da camareira do Hotel Sofitel, Nafissatou Diallo, contra Dominique Strauss-Kahn. Como a justiça penal dos Estados Unidos retirou as acusações contra o ex-chefe do FMI, trata-se agora de um caso civil, bem mais simples e em uma corte mais baixa na hierarquia, no tribunal do Bronx, ao norte de Nova York.

Nem Strauss-Kahn e nem Diallo são obrigados a assistir à audiência, que está prevista para as duas da tarde, horário de Nova York. Por isso o político francês não deverá estar presente, para a tristeza dos fotógrafos.

Em maio de 2011, Diallo denunciou Strauss-Kahn por agressão sexual em um quarto do hotel Sofitel da região de Times Square, provocando a prisão do ex-diretor geral do FMI. Meses mais tarde, os promotores de Manhattan derrubaram as acusações penais devido à inconsistência das declarações da camareira. O processo na justiça civil, porém, pode contradizer os promotores e acabar dando razão a Diallo, uma situação que já ocorreu no passado nos Estados Unidos.

Os advogados de Strauss-Kahn pediram o arquivamento da ação civil argumentando que seu cliente naquela época tinha imunidade diplomática, por ser diretor do FMI. Mas o juiz do tribunal do Bronx disse que dará a cada uma das partes "a oportunidade de defender seus argumentos", antes de comunicar sua decisão nas semanas seguintes.

Caso a justiça decida que Strauss-Kahn não pode ser processado por ainda ter imunidade, será o fim do caso. Caso contrário, ele será julgado, podendo inclusive ser preso novamente.

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.