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França

Ayoub el-Khazzani, o terrorista do comboio Thalys

Ayoub el-Khazzani, o terrorista islamita, de nacionalidade marroquina, treinado na Síria, queria mesmo fazer uma carnificina, no ataque, de sexta-feira passada, no comboio Thalys, em Lille, França.

Ayoub el-Khazzani, o marroquino, da família radical islamita, que cometeu o ataque contra o comboio Thalys, em Lille, 21 de agosto
Ayoub el-Khazzani, o marroquino, da família radical islamita, que cometeu o ataque contra o comboio Thalys, em Lille, 21 de agosto DR
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Dois depois do ataque terrorista ao comboio Thalys, em Lille, no norte da França, protagonizado na sexta-feira, 21 de agosto, pelo marroquino, Ayoub el-Khazzani, que faz parte da família islamita radical, várias questões sobre a segurança e a troca de informações, se colocam às autoridades francesas e europeias.

Para já o terrorista, Ayoub el-Khazzani, que afirma não ser terrorista, continua a ser interrogado pela polícia francesa, mas a sua identidade, ficou provada, a partir de informações fornecidas pelas autoridades de informações da Espanha, aos seus colegas franceses.

Efectivamente, o islamita radical, Ayoub el-Khazzani, é marroquino, tem 26 anos, e era conhecido dos serviços secretos belgas, pois, viveu na Bélgica, mas também, dos serviços de informações da Espanha, onde residiu, e da França.

E mais: ficou claro, também, que ele circulou entre estes 3 países, e foi da França, onde chegou a ter um ficheiro S, de secreto ou especial, que partiu para a Síria.

É aqui que os analistas se interrogam, sobre mais esta disfunção dos serviços de informações, quer secretos quer da contra-espionagem, que dispunham de provas evidentes sobre o terrorista, que estava a ser seguido, de como é que ele conseguiu escapar-se à sua vigilância, e partir para a Síria, onde se juntou aos radicais islamitas.

Mas, as interrogações não ficam por aqui: sendo conhecido dos serviços de informações da França, Espanha e Bélgica, como é que ele conseguiu "furar" a teia de segurança, circular entre os 3 países, obter armas pesadas e cometer o ataque, na sexta-feira à noite, no comboio transfronteiriço europeu, Thalys, que viajava entre Bruxelas, Amesterdão e Lille, França, onde se deu aquilo, que poderia ter sido mais uma tragédia?

Por ora, há dois inquéritos abertos, um na Bélgica, onde não houve dúvidas, desde o primeiro momento, que Ayoub el-Khazzani, tinha cometido "um acto terrorista," segundo o primeiro-ministro belga, Charles Michel, que se mostra, ainda, preocupado com a segurança e a troca e informações entre os serviços europeus.

01:13

Charles Michel, Primeiro-ministro da Bélgica

O outro inquérito, foi aberto em França, onde as autoridades, quiseram ter todos os dados fidedignos, para se pronunciarem, com propriedade, sobre a condição de radical islamita, do individuo, que armado de kalachnikov, disparou sobre passageiros do comboio Thalys, ferindo 3 feridos, um dos quais em estado grave.

Não fosse o heroísmo de 3 dos passageiros, um francês e dois militares americanos, a bordo do Thalys, o desfecho desse ataque, poderia ter sido catastrófico.

O Ministro francês do Interior,  Bernard Cazeneuve, felicitou a coragem e a bravura dos 3 heróis, assim, como o Presidente americano, Barack Obama, ainda ontem, 22 de agosto.

A imprensa americana, já  está a fazer, grandes títulos na imprensa, rádio e televisão, sobre esses 3 heróis, destacando os 2 militares americanos, do comboio Thalys.

Oiça, aqui, o desenvolvimento do acontecimento, com João Matos.

01:44

João Matos

 

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