Homem abatido pela polícia em Paris

Um homem foi abatido pela polícia diante de uma esquadra do 18° bairro de Paris, no bairro conhecido por "Goutte d'Or", esta quinta-feira 7 de Janeiro por volta do meio-dia. O indivíduo, armado com uma faca, tentou entrar na esquadra. O bairro está sob o controlo das forças policiais.

Um homem foi abatido pela polícia diante de uma esquadra do 18° bairro de Paris. REUTERS/Charles Platiau

As circunstâncias do incidente não foram divulgadas até ao momento e ainda não se sabe o que realmente aconteceu em frente à esquadra da polícia da "Goutte d'Or", no 18° bairro de Paris esta quinta-feira 7 Janeiro.

Um homem, armado com uma faca, foi abatido por «tiros da polícia», segundo o ministério do Interior. O homem terá gritado “Alahu Akbar” (Alá é grande), tentando agredir um polícia. Com suspeitas de ter um colete de explosivos, o homem foi examinado pelos sapadores. O colete era, afinal, falso.

No entanto o homem abatido tinha na sua posse um papel contendo uma reivindicação flagrante e uma bandeira do Estado Islâmico. A justiça anti-terrorista iniciou um inquérito.

O homem seria conhecido dos serviços policiais franceses por causa de roubos organizados em 2013 no Sul da França. Quando foi detido naquela época, o homem afirmou chamar-se Sallah Ali, dizendo que era um sem abrigo, nascido em Casablanca em Marrocos.

As escolas da "Goutte-d'Or" estão confinadas e a rua está bloqueada pelas forças de segurança. Os polícias e os militares estão a securizar a zona. Ambulâncias também estão no local, na expectativa.

O ataque desta quinta-feira aconteceu poucos minutos após o discurso de François Hollande, o presidente francês, onde pedia às forças de segurança de cooperarem melhor contra o risco de ataques terroristas. «A gravidade da ameaça exige o nosso maior compromisso», afirmou François Hollande. «Contra este tipo de adversários, é essencial que cada serviço - polícias, militares... - trabalhem em sintonia, com a maior transparência, e que ponham em comum as informações que têm», concluiu François Hollande.

Este incidente ocorreu num contexto particular em França. Há um ano, os irmãos Kouachi penetravam nos escritórios do jornal satírico "Charlie Hebdo" e matavam onze pessoas, e um polícia.

Ouça a Crónica sobre os acontecimentos desta quinta-feira 7 de Janeiro.

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Crónica de Marco Martins