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Síria/Massacre

ONU pede investigação sobre massacre na Síria

O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta sexta-feira uma resolução pedindo à Comissão de investigação independente internacional sobre a Síria, que realize uma “investigação especial” sobre o massacre de Houla. A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, afirmou hoje que a situação da Síria corria o risco de se transformar em um conflito total e que o futuro do país e da região corria sério risco.

As fossas comuns onde foram enterrados as 108 vítimas do massacre de Houla no dia 26 de maio.
As fossas comuns onde foram enterrados as 108 vítimas do massacre de Houla no dia 26 de maio. REUTERS/Shaam News Network/Handout
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A resolução foi aceita por 41 votos a favor na sessão especial sobre a Síria do Conselho (a quarta desde março de 2011). A China, a Rússia e Cuba votaram contra, enquanto Uganda e Equador se abstiveram.

A resolução condena os assassinatos de 49 crianças e pede à Comissão de investigação internacional, que atua sob o mando do Conselho desde agosto de 2011, que apure de maneira exaustiva, independente e sem impedimentos sobre o massacre de Houla.

O texto sublinha que a investigação deve ser transparente, independente e rápida. O objetivo é identificar responsáveis e pedir prestação de contas pelas violações dos direitos humanos, que poderiam constituir crimes contra a humanidade.

O documento pede também que os responsáveis das atrocidades sejam identificados publicamente e que as provas dos crimes sejam preservadas para eventuais processos penais. O Conselho pede também à Comissão que forneça um relatório completo sobre as conclusões de sua investigação na 20º sessão do Conselho dos direitos humanos, que será realizada de 18 a 6 de julho.

Ele pede que Damasco autorize as organizações humanitárias de entrarem no país e que “coopere plenamente com a comissão de investigação”.

Horas antes, Navi Pillay afirmou que a matança de Houla “poderia constituir um crime contra a humanidade”. Ela pediu que a comunidade internacional investigasse as violações dos direitos humanos na Síria e que apóie o plano do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

O massacre de 108 pessoas, entre elas 49 crianças e 34 mulheres, no último fim de semana em Houla provocou fortes reações da comunidade internacional.

A comissão já publicou três relatórios sobre a Síria, mas ainda não recebeu autorização das autoridades sírias para entrar no país.
 

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