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Direitos/Mulheres

Dia da Mulher leva milhares de pessoas às ruas em todo mundo

Manifestações, passeatas e homenagens marcaram o Dia Internacional da Mulher, dia 8 de março, em todo o mundo. Em Paris, milhares de pessoas realizaram uma passeata para denunciar as violências contra as mulheres. Na Espanha, muitas cidades protestaram pela igualdade no mercado de trabalho e contra o projeto do governo de rever o direito ao aborto. Em países do Oriente Médio e da África, as manifestações alertaram para a violência doméstica e fizeram um apelo pelo fim da obrigação do uso do véu islâmico.

Manifestantes ocuparam as principais ruas de Madri, na Espanha, neste sábado (8), Dia Internacional da Mulher.
Manifestantes ocuparam as principais ruas de Madri, na Espanha, neste sábado (8), Dia Internacional da Mulher. REUTERS/Susana Vera
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Milhares de pessoas participaram de uma passeata neste sábado (8) em Paris para denunciar a violência contra as mulheres. A manifestação foi organizada por associações feministas, de direitos humanos, sindicatos e partidos de esquerda.

Na capital francesa, muitos representantes de organizações internacionais também marcaram presença para defender o direito ao aborto, legal em muitos países europeus, mas que pode ser revisto pelo governo conservador da Espanha. "Abortar é um direito: integristas é que são fora da lei", gritavam membros da associação Solidariedade a Mulheres de Todo o Mundo.

A integrante do grupo feminino da Liga dos Direitos Humanos na França, Nicole Savy, disse que o país tem leis que protegem as mulheres, mas sente a falta da aplicação das mesmas. Para ela, um exemplo disso é o fechamento constante de clínicas legais de aborto.

Feministas do Oriente Médio também se integraram à passeata para alertar sobre a violência contra as mulheres muçulmanas e contra a obrigação do uso do véu islâmico. "Mulheres de Gaza, mulheres da Palestina, é a humanidade quem as assassina", bradaram as manifestantes.

No jardim Tuileries, no centro da capital parisiense, sete mulheres representando o mundo árabe e muçulmano ficaram nuas para protestar contra a opressão. Portando as bandeiras de Tunísia, do Irã, da França e do movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBTTT), elas marcharam ao redor das pirâmides do Louvre.

Direito ao aborto

Na Espanha, muitas cidades realizaram protestos contra a revogação do direito ao aborto, projeto de lei que deve ser sumebtido a voto no Parlamento em breve. "Não queremos leis que controlem nossos úteros ou diminuição dos nossos direitos", diziam as bandeiras que militantes levavam.

As espanholas também protestaram pela igualdade de direitos no mercado de trabalho. O desemprego ainda atinge 26% da população ativa do país fortemente abalado pela crise. "Ainda que haja uma leve recuperação econômica, o mercado de trabalho na Espanha continua sendo uma realidade muito dura para as mulheres", criticou a vice-presidente do Partido Socialista espanhol, Elena Valenciano.

Oriente Médio e África

No Líbano, cerca de 4 mil manifestantes se reuniram em Beirute para pedir a aprovação de um projeto de lei contra as violências domésticas. Na Argélia, milhares se reuniram na capital Alger para lembrar as centenas de mulheres assassinadas por extremistas islâmicos nos anos 90.

Na República Centro-Africana, a presidente interina Catherine Samba Panza fez um apelo pelo fim dos conflitos religiosos, dos quais muitas mulheres muçulmanas são vítimas.

Brasil

No Brasil, o Dia Internacional da Mulher foi marcado por muitas manifestações contra o machismo. O movimento Marcha Mundial das Mulheres, organizado através das redes sociais, levou milhares para as ruas contra o preconceito e a mercantilização dos corpos das mulheres.

A capital São Paulo abrigou um panelaço contra a violência doméstica. Doze mil rosas foram distribuídas na Rua 25 de Março, em uma mensagem de paz e amor, de acordo com as militantes. Cuiabá (MT) e Goiânia (GO) tiveram protestos centrados na saúde da mulher, pedindo mais rapidez nos diagnósticos de câncer de mama. Fortaleza (CE) distribuiu preservativos e profissionais da saúde fizeram um trabalho de conscientização sobre o vírus da Aids. Curitiba (PR) ganhou o apoio dos movimentos LGBTTT, Marcha das Vadias e Comlutas, pedindo o fim do preconceito contra as mulheres homossexuais.

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