OMS afirma que casos do coronavírus aumentam na África Ocidental e central

A directora da OMS para África, Matshindiso Moeti, alertou hoje para um aumento "dramático" de infecções pelo novo coranavírus nas regiões oeste e central africanas, que concentram 54% dos casos e 35% das mortes do continente e níveis "muito baixos" de testes.

Aumento drástico de casos do coronavírus na África ocidental e central segundo a OMS AFP/Archivos

Durante uma conferência de imprensa virtual, a directora para África da OMS, Matshindiso Moeti, afirmou que os casos do coronavírus aumentaram dramaticamente nos países da África Ocidental e Central.

A sub-região tem mais de metade dos casos 54% da região africana da OMS, 47 países da África Subsaariana e a Argélia e 35% por cento das mortes”.

Para Matshindiso Moeti, dos 12 países da região africana com registo de transmissão local da doença, oito estão em países onde a propagação do coronavírus está generalizada na população.

Os 24 países da África Ocidental e Central registam quase 11.300 casos de covid-19 e mais de 300 mortes.

“Os países africanos da região da OMS estão a fazer nove testes em cada 10 mil pessoas, o que é muito baixo, disse Matshindiso Moeti.

Gana é o país que mais testes faz na sub-região africana

Na região, o Gana é o país que mais testes faz, com uma média de 30 análises por cada 10 mil pessoas.

Quatro dos nove países da CPLP, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe somam, 637 casos e três mortes desde o início da pandemia e fazem parte da sub-região da África Ocidental e Central..

De notar que ainda não existe nem vacina nem tratamento apesar dos ensaios do remdesivir, darem os primeiros resultados prometedores.

Na mesma conferência de imprensa da OMS África, participaram também os directores regionais da Unicef, PAM, UNFPA, além do representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a África Ocidental e Sahel, Mohamed Ibn Chambas.

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OMS preocupada com África ocidental e central