Polémica em torno de violência policial e manifestações em França
Nestas quinta e sexta-feira os sindicatos de polícia franceses são recebidos pelo governo, após o ministro do Interior, Christophe Castaner, ter anunciado uma série de medidas para proíbir algumas práticas de detenção. Paralelamente, o primeiro ministro, visitava a polícia em Essone, região de Paris, num contexto de uma "grande emoção", depois da morte de George Floyd nos Estados Unidos, o que fez recordar a morte do jovem Adama Traoré em França.
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O primeiro ministro, Édouard Philippe, acompanhado pelo ministro do Interior, Christophe Castaner, procurou acalmar a polémica hoje em torno de violência policial apelando ao "respeito e à confiança".
Isto num contexto de uma "grande emoção", sublinhou, depois da morte de George Floyd nos Estados Unidos, o que trouxe à memória a morte do jovem Adama Traoré, em 2016, numa esquadra da polícia de Val-d'Oise, região suburbana de Paris.
O primeiro ministro, falava em Evry, no Essone, nos arredores da capital francesa, onde se encontrou com polícias do Comissariado e depois visitou a associação, "Générations 2", muito activa, nomeadamente, junto da polícia.
Paralelamente, a irmã de Adama Traoré, exigia durante uma conferência de imprensa em Paris, "actos da justiça" sobre a morte do irmão, apelando a uma nova manifestação no sábado.
Esquerda radical apoia manifestantes, extrema direita apoia a polícia
Também, a oposição vem denunciando violência policial, como o líder da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon, mas também deputados ecologistas, enquanto a líder da extrema direita, Marine Le Pen, denunciou a condescendência em relação a movimentos apoiados pela extrema esquerda.
O Primeiro ministro, Édouard Philippe, tenta pois acalmar os ânimos sublinhando que a missão dos polícias da ordem e segurança, confrontados com tensões e ameaças é sobretudo de nos proteger.
"Temos que respeitar e confiar na polícia", afirmou o primeiro ministro, recordando também o respeito do artigo da Declaração dos direitos humanos segundo o qual os "homens nascem e são livres e iguais em direitos".
Na segunda-feira o ministro do Interior, Christophe Castaner, tinha defendido "tolerância zero" face ao racismo no seio da polícia onde actos racistas, quando provados, darão lugar à suspensão.
Polícia envolta em controvérsia em França
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