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Europa

Cimeira europeia opõe países rigorosos e despesistas sobre plano de relançamento económico

A cimeira extraordinária dos chefes de Estado e de governo da União europeia começou ontem em Bruxelas com sérias dificuldades já que o primeiro-ministro holandês Mark Rutte lidera um grupo de países contra o plano de relançamento económico proposto pelo Presidente francês, Emmanuel Macron e a chanceler alemã, Angela Merkel. 

A cimeira extraordinária dos chefes de Estado e de governo da União europeia começou ontem em Bruxelas com sérias dificuldades já que  o Primeiro ministro holandês Mark Rutte Holanda lidera um grupo de países  contra o plano de relançamento económico proprosto pelo Presidente francês, Macron e a chanceler alemã, Angela Merkel na cimeira de Bruxelas
A cimeira extraordinária dos chefes de Estado e de governo da União europeia começou ontem em Bruxelas com sérias dificuldades já que o Primeiro ministro holandês Mark Rutte Holanda lidera um grupo de países contra o plano de relançamento económico proprosto pelo Presidente francês, Macron e a chanceler alemã, Angela Merkel na cimeira de Bruxelas REUTERS/Yves Herman
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O grupo de países europeus é composto pela Holanda, Áustria, Dinamarca e Suécia, que não é contra o plano em si, mas contra o método do plano de 750 mil milhões de euros em que países mais rigorosos na gestão económica como a Holanda pagarão para outros membros que apostam mais nas despesas públicas e na dívida.

"Considero que as chances de conseguir um acordo este fim--de-semana são inferiores a 50% tendo em conta que o conteúdo é mais importante que a velocidade", declarou Mark Rutte, à sua chegada ontem em Bruxelas, tendo exigido que cada euro da soma dos 750 mil milhões de euros seja votado por unanimidade.

A votação por unamidade bloqueará qualquer plano de recuperação económica, tendo em conta que basta um dos 4 países votar contra para não haver plano nenhum.

Assim, o presidente do Conselho europeu, Charles Michel, avançou com uma nova proposta  que continua a ser questionada pela Holanda, Dinamarca, Áustria e Suécia, mais a Finlândia.

A proposta foi entretanto submetida ao presidente francês, Emmanuel Macron e à chanceler alemã, Angela Merkel e aos seus homólogos holandês, Mark Rutte, espanhol, Pedro Sanchez e italiano,  Giuseppe Conte.

O novo projecto prevê o plano de 750 mil milhões de euros, dos quais 300 mil milhões a 450 mil milhões de euros de subvenções, contrariamente aos 500 mil milhões iniciais. 

Grupo dos 4 rejeita sistema de subvenções a estados membros despesistas

O grupo dos contra prefere uma fórmula de empréstimos e não de subvenções.

Mas a nova proposta prevê igualmente um mecanismo permitindo a um país reticente ao plano de reforma apresentado por outro estado membro abrir nos próximos 3 dias um debate dos 27 países membros da União europeia, perante o conselho europeu dos presidentes ou primeiros ministros ou diante da Ecofin, que reúne os ministros das finanças. 

Esta ideia vai no sentido da exigência do primeiro ministro holandês, Mark Rutte, que reclamou  desde o começo que planos nacionais sejam validados por unanimidade dos 27 países da União europeia.

O pedido holandês tinha sido julgado politicamente difícil de ser aceito, segundo uma fonte diplomática que resumia a posição da maioria dos Estados membros.

Uma última concessão foi feita pelo presidente do conselho europeu, Charles Michel, que propos aumentar certos descontos concedidos aos países que pagam mais para o orçamento da União europeia, o que beneficiaria o grupo dos 4 países. 

A Alemanha, principal contribuinte, entraria também nesse quadro, mas já declarou prescindir desse aumento dos descontos da sua contribuição à União europeia.

A ver vamos.

01:26

Braço de ferro entre países rigorosos e despesistas na cimeira europeia de Bruxelas sobre plano de relançamento económico

 

 

 

 

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