Mali tem enfim um governo civil mas os militares guardaram ministérios estratégicos
A CEDEAO acaba de anunciar o levantamento das sanções em vigor desde o golpe de Estado militar, numa altura em que foi revelado o novo executivo e após a libertação de um grupo de jihadistas.
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A transição para o regresso dos civis ao poder no Mali registou hoje uma nova etapa com a formação de um governo, onde a junta militar obteve os ministérios estratégicos.
Este anúncio surge 8 dias depois de o presidente de transição, Bah Ndaw, ter nomeado Moctar Ouane, como Primeiro Ministro. Os militares do golpe ficaram com 4 ministérios estratégicos, Defesa, com o coronel Sadio Camara, Segurança e Protecção civil, coronel Modibo Koné, Administração territorial, coronel Abdoulaye Maïga e Reconciliação nacional, coronel-major, Ismaël Wagué.
Entraram para o governo de 25 ministérios, representantes dos diferentes grupos da sociedade civil como os signatários do acordo de paz de 2015, a ex-rebelião tuaregue do norte assim como o movimento que durante meses contestou o poder do presidente IBK até ser deposto a 18 de agosto.
Agora a CEDEAO vai levantar sanções contra Mali
Como a CEDEAO obteve ganho de causa com a imposição de civis nesse governo, as sanções que vigoravam contra o Mali vão ser levantadas.
Os ministros da Justiça, Mohamed Sidda Dicko e dos Negócios estrangeiros, o diplomata Zeïni Moulay, vão começar rapidamente a trabalhar tendo em conta que o filho da refém francesa, Sophie Pétronin, de 75 anos raptada a 24 de dezembro de 2016, por homens armados em Gao no norte do Mali, confirmou que viajava para Bamaco onde a mãe é hoje libertada.
Isto no quadro da libertação ontem à noite e hoje de manhã de cerca de 30 prisioneiros jiadistas que foram levados para o norte do Mali.
Mali com novo governo e agora com sanções levantadas
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