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Israel/Palestina

Israel/Hamas: 41 jornalistas mortos em um mês de guerra

Em um mês de guerra entre Israel e a Palestina foram mortos 41 jornalistas. Destes, 36 eram repórteres palestinianos mortos, na Faixa de Gaza, por ataques israelitas. Os dados são da Repórteres sem Fronteiras, que exige protecção aos que ainda restam.

Em um mês de guerra, entre Israel e a Palestina, foram mortos 41 jornalistas.
Em um mês de guerra, entre Israel e a Palestina, foram mortos 41 jornalistas. AFP - MOHAMMED ABED
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A ONG Repórteres sem Fronteiras denuncia um ataque a jornalistas na Faixa de Gaza. Diz a organização que, neste ponto do globo, “nenhum lugar é seguro para os jornalistas”. 

Neste território de 45 quilómetros quadrados, no terreno “a descoberto”, “em tendas dedicadas à imprensa junto a hospitais”, em casa ou em “abrigos improvisados”, os jornalistas que continuam a relatar “um dos conflitos mais mortíferos deste século, estão em perigo de morte iminente”.

Em comunicado a RSF sublinha um saldo “aterrador”: 36 jornalistas mortos por ataques israelitas em Gaza em 31 dias de guerra; um fotojornalista morto no sul do Líbano e seis colegas feridos e quatro jornalistas israelitas vítimas do ataque do Hamas, a 07 de Outubro.

A RSF acrescenta que o exército israelita, apesar de não ter os jornalistas como alvo, não se preocupa com a protecção dos jornalistas. Pelo menos dez dos 36 jornalistas falecidos em Gaza foram mortos enquanto estavam claramente a trabalhar.

Mais de 50 escritórios de imprensa foram totalmente ou parcialmente destruídos na faixa de Gaza por ataques israelitas, entre eles o escritório da Agência France-Presse (AFP), a 03 de Novembro.

O responsável pelo Médio Oriente da RSF, Jonathan Dagher, apela à “protecção dos jornalistas em Gaza e à entrada de jornalistas estrangeiros no território para que possam trabalhar livremente.”

A situação em Gaza é uma tragédia para o jornalismo: mais de um repórter morto por dia desde 07 de Outubro.

Este balanço dos profissionais de informação mortos, entre milhares de civis, aumenta a cada dia.

Com os seus ataques, o exército israelita está a eliminá-los de facto, um após o outro, traindo, com declarações inadmissíveis e desrespeito assumido, o direito internacional humanitário.

A situação é urgente: apelamos à protecção dos jornalistas em Gaza e à entrada de jornalistas estrangeiros no território para que possam trabalhar livremente.

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