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#Moçambique/Cabo Delgado

270 pessoas morreram em três meses nos ataques em Cabo Delgado

Em Moçambique, o comandante-geral da Polícia promete vingança contra a morte de membros das Forças de Defesa e Segurança na sequência dos ataques terroristas registados nos últimos três meses. Nesse período, foram assassinadas 270 pessoas entre civis e forças de defesa, revelou Bernardino Rafael. 

Fotografia tirada a 24 de Agosto de 2019 a mostrar os restos de uma casa na Aldeia da Paz, na província de Cabo Delgado, após mais um ataque na região.
Fotografia tirada a 24 de Agosto de 2019 a mostrar os restos de uma casa na Aldeia da Paz, na província de Cabo Delgado, após mais um ataque na região. AFP - MARCO LONGARI
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É uma avaliação feita pelo comandante-geral da polícia, Bernardino Rafael, a acções terroristas nos últimos três meses. Os ataques que visam nove distritos da província de Cabo Delgado, no extremo norte de Moçambique, resultaram em 270 mortos entre civis e membros das forças de defesa e segurança.

Naquelas comunidades onde eles passaram, queimaram as casas, voltam a queimar aquelas casas que restaram. Então, são vigaristas, são vigaristas, causaram também a morte de elementos, nossos colegas das forças de defesa e segurança, criaram ferimentos de 56 membros das forças de defesa e segurança entre ligeiros e graves”, declarou o comandante-geral da polícia.

Bernardino Rafael promete vingar-se das acções terroristas numa altura em que a onda de raptos visando sobretudo a classe empresarial é uma situação preocupante. O comandante-geral da polícia deixou um apelo às comunidades mais visadas: “Colaborar com a polícia no sentido de denunciar no caso de ver que está sob ameaça de qualquer rapto que seja.”

O comandante-geral da polícia de Moçambique falava na província de Cabo Delgado, onde orientou o 20° conselho coordenador da corporação.

Os ataques terroristas que se registam desde finais de 2017 em alguns distritos da província de Cabo Delgado, rica em recursos naturais, provocaram mais de mil mortos e 435 mil deslocados de acordo com a última actualização do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, a entidade governamental moçambicana que está a coordenar todo o trabalho de assistência às vítimas acomodadas em 13 centros e em famílias acolhedoras.

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Reportagem de Orfeu Lisboa

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