Petrolífera italiana assina acordo com Governo moçambicano para produção de biocombustíveis
O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Moçambique e a petrolífera italiana Eni assinaram em Maputo um memorando de entendimento para o aumento da produção de oleaginosas que têm grande potencial no país.
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Segundo o administrador e delegado da Eni em Moçambique, Giorgio Vicini, o acordo vai permitir a avaliação das oportunidades para a produção de oleaginosas que serão usadas como matéria-prima para a produção de biocombustíveis o que poderá trazer consigo outros ganhos para o ambiente.
"Vai-nos permitir dar início a um estudo de viabilidade para a identificação de áreas potenciais para a produção de sementes de oleaginosas. É importante realçar que este processo vai priorizar áreas não competitivas para a produção de alimentos e vai tomar em consideração a proteção das florestas e sistemas naturais", disse Giorgio Vicini.
O responsável da Eni em Moçambique destacou também que o projeto vai tomar em consideração a conservação do ambiente, indicando que a iniciativa mostra o “compromisso” que a petrolífera tem com redução de gases com efeito estufa.
Para o Governo moçambicano, este acordo vai ajudar os cerca de 700 mil pequenos agricultores no país, que levam a cabo a cultura de oleaginosas.
“O acordo tem como objetivo estabelecer uma plataforma de trabalho conjunta orientada para cooperação e desenvolvimento de projetos agrícolas em Moçambique para produzir oleaginosas que vão servir de matéria-prima para a produção de combustíveis”, declarou o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia.
Moçambique produz neste momento, 400 mil toneladas de oleaginosas diversas, das quais o gergelim, amendoim, a soja, o algodão, o girassol entre outros.
A petrolífera italiana faz parte do consórcio da Área 4 da bacia do Rovuma, ao largo de Cabo Delgado, numa operação cujas previsões iniciais apontavam que a exploração das reservas começaria no primeiro semestre de 2022. Os poços que vão alimentar o projeto estão perfurados e a plataforma flutuante Coral Sul já está em Moçambique.
Esta será a primeira unidade de exploração das reservas do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo.
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