Moçambique: Parlamento dividido quanto à invasão russa da Ucrânia

Os partidos políticos da oposição em Moçambique voltaram hoje a tecer críticas à postura de neutralidade do governo em relação à guerra na Ucrânia. Enquanto isso, a FRELIMO, partido que suporta o governo, manifestou, no parlamento, total indiferença em relação à oposição.

Parlamento de Moçambique. ADRIEN BARBIER / AFP

A abertura da sessão de perguntas e respostas ao governo foi marcada por críticas ao executivo pela abstenção do país na ONU, em relação à invasão da Rússia à Ucrânia. 

Arnaldo Chalaua, deputado da Renamo, fez-se ouvir no que considera ser uma clara violação ao direito internacional humanitário. "Não ter se mostrado activo nessa questão do conflito Ucrânia e também à Rússia, significa dizer que este país se posicionou, na indiferença, obviamente", defendeu.

O MDM, outra força política da oposição, através de Lutero Simango, considerou que a neutralidade governamental não reflecte a posição dos moçambicanos: "É uma posição unilateral, é uma posição que não passou pela Assembleia da República".  

Enquanto isso, a FRELIMO, através do deputado Sérgio Pantie, tem outra visão. "Não somos parte do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Não arrastemos Moçambique para os problemas que não são nossos", disse Sérgio Pantie.