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Rússia/Terrorismo

Mulher-bomba de 17 anos está por trás de atentado em Moscou

Uma adolescente de 17 anos é uma das mulheres-bomba que provocaram o atentado na segunda-feira passada no metrô de Moscou. A informação foi confirmada nesta sexta-feira pelo Comitê Nacional Antiterrorista (CNA) da Rússia. "A terrorista suicida que explodiu a bomba na estação Park Kultury é Dzhanet Abdurakhmanova (Abdulayeva)", de 17 anos, informou, em comunicado, o CNA.  

Dzhennet Abdurakhmanova, 17 ans, identificada como uma das kamikazes do atentado em Moscou, 29 de março de 2010.
Dzhennet Abdurakhmanova, 17 ans, identificada como uma das kamikazes do atentado em Moscou, 29 de março de 2010. AFP / NEWSTEAM / HO
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A adolescente Dzhanet Abdurakhmanova morava no distrito de Khasaviurt, na república russa do Daguestão, vizinha da Chechênia. Ela foi identificada por meio de análises médicas, genéticas e reconhecimento físico.

Segundo a edição desta sexta-feira do jornal "Kommersant", Abdurakhmanova era viúva de Umalat Magomedov, líder dos guerrilheiros islâmicos do Daguestão que foi morto pela Polícia em 31 de dezembro em Khasaviurt.

Os investigadores não identificaram ainda a segunda mulher-bomba por trás do atentado da capital russa, mas as autoridades russas suspeitam de Marja Ustarjanova, uma chechena de 20 anos. Ela era viúva de Said-Emin Khizriev, o chefe dos rebeldes islâmicos de Gudermes, a segunda cidade mais importante da Chechênia. Khizriev foi morto em outubro do ano passado quando preparava um atentado contra o presidente checheno, Ramzan Kadyrov.

"Viúvas negras"

Chamadas de “viúvas negras”, mulheres, sobretudo viúvas ou parentes de terroristas mortos, têm se tornado uma arma estratégica da rebelião islâmica do Cáucaso Norte. No atentado em um teatro de Moscou, em 2002, as imagens mulheres usando véus islâmicos e cintos com explosivos marcaram a opinião pública russa.

São atribuídas às "viúvas negras” também um atentado em um festival de rock em Moscou em julho de 2003, dois desastres aéreos ocorridos em 24 de agosto de 2003 e em diversos ataques suicidas no Cáucaso.

 

Nessa sexta-feira, o número de vítimas fatais no atentado do início da semana na capital russa subiu para 40 pessoas com a morte de um dos hospitalizados. Pelo menos outras 90 pessoas ficaram feridas no ataque.

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