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Burkina/revolta

Militares ameaçam novo motim no Burkina Faso

Mesmo que as autoridades tenham anunciado o fim do motim em Fada N’Gourma, novos tiros foram ouvidos na noite desta terça-feira no quartel de Lamizana, em Ouagadougou. Um grupo de soldados iniciou uma revolta e saiu às ruas atirando para o alto. Na quarta-feira, os tiros continuaram.

A rua principal da cidade de Fada N'Gourma, no Burkina Faso.
A rua principal da cidade de Fada N'Gourma, no Burkina Faso. Wikipédia
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A rebelião, que também é acompanhada de uma revolta estudantil, ameaça o ditador Blaise Compaoré, no poder desde 1987 depois de um golpe de estado. A confusão no país começou no dia 22 de março em Ouagadougou, capital do país. Um grupo de militares saiu às ruas atirando para o alto e saqueando lojas, para protestar contra a condenação de cinco soldados que espancaram civis. Eles também invadiram o depósito de armas no campo Sangoulé Lamizana. A casa do primeiro-ministro Yéro Boly também foi alvo de ataques.

Nesta terça-feira, os militares atiraram um foguete no palácio de Justiça de Fada N’Gourma, no leste do país. De acordo com testemunhas, os soldados chegaram a bordo de duas pick-ups, e verificaram que o prédio estava vazio. Em seguida, eles lançaram o foguete, que fez um buraco na parede do edifício. Ninguém ficou ferido. O ataque acontece um dia depois dos soldados libertarem na prisão da capital um militar acusado de estupro. Em seguida, eles bloquearam com tanques o acesso à cidade. De acordo com um jornalista, os tanques foram posicionados na parte oeste de Ouagadougou , que liga a cidade ao Níger.

Um morador da capital contou que os militares se inspiraram nos rebeldes da Costa do Marfim. "Eles são muitos. Circulam em caminhonetes, a moto ou a pé. Eles tomaram o carro de várias pessoas." O ministro da Defesa Yéro Boly disse nesta segunda-feira na TV que tomaria todas as providências possíveis para colocar fim à violência dos militares.
 

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