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Síria/França

Governo francês convoca embaixadora síria no país

A embaixadora da Síria na França, Lamia Shakkour, foi convocada nesta quarta-feira no Ministério das Relações Exteriores, segundo o porta-voz do governo francês, Bernard Valero. Ela será notificada da posição do país, que condenou oficialmente a escalada da repressão pelas autoridades sírias. Os embaixadores da Síria em Roma e Madri também foram simultaneamente convocados.

Manifestação contra o governo em Banias, nesta terça-feira.
Manifestação contra o governo em Banias, nesta terça-feira. REUTERS
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“Pedimos ao governo sírio que pare imediatamente de utilizar a força contra a população e que liberte todos os presos políticos", declarou o porta-voz do governo francês, Bernard Valero. Nesta terça-feira, o presidente Nicolas Sarkozy denunciou a brutalidade do governo sírio contra os civis nas manifestações anti-regime, classificando a repressão de “inaceitável.” Mais de 400 pessoas já morreram nos protestos, segundo as organizações de direitos humanos, desde o início da revolta popular, em março.

O Ministério das Relações Exteriores também anunciou nesta quarta-feira que governo francês também vai propor à ONU e à União Europeia a discussão de medidas rígidas contra o regime do presidente Bashar al-Assad. Nesta sexta-feira, o Conselho de Direitos Humanos da ONU organiza uma sessão especial sobre a situação na Síria, a pedido dos Estados Unidos. Ontem, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, defendeu uma investigação independente sobre as mortes dos manifestantes, mas a Síria recusou a proposta.

O embaixador sírio na ONU afirmou que o presidente Al-Assad, no poder há 10 anos, criou uma comissão de investigação sobre vítimas civis. Segundo ele, o país tem condições de fazer suas próprias investigações, de maneira transparente. A Síria acusa governos estrangeiros de tentar desestabilizar o país. O chanceler britânico, William Hague, também pediu nesta quarta-feira que as mortes de civis na Síria sejam investigadas, declarando que a comunidade internacional “se esforça para convencer o regime a mudar de attitude.”

Nesta madrugada, novos tiros foram ouvidos em Deraa, no sul do país, onde militares foram enviados em reforço para intimidar a população. Ontem, mais seis pessoas morreram em Deraa. A intervenção das forças armadas já teria deixado 30 mortos nos últimos dois dias. O regime do presidente Bashar Al-Assad enviou um reforço militar para as ruas de Douma, nos arredores da capital Damasco, e também para a cidade de Banias, o que indica a disposição do governo em ampliar a repressão aos opositores. 

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