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Japão/Crise Nuclear

Japão subestimou risco de tsunami em Fukushima, afirma AIEA

A Agência Internacional de Energia Atômica divulgou nesta quarta-feira um relatório preliminar sobre o acidente nuclear do Japão. O documento afirma que o país teve uma reação exemplar e rápida, mas subestimou os riscos de um tsunami afetar suas usinas nucleares.

Usina nuclear de Fukushima tem altos níveis de contaminação no solo
Usina nuclear de Fukushima tem altos níveis de contaminação no solo Reuters/Air Photo Service/Files
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O relatório da AIEA foi redigido por 18 especialistas da agência da ONU que inspecionaram na última semana a usina de Fukushima, afetada pelo terremoto e tsunami que devastaram o nordeste no Japão no dia 11 de março, mas também outras centrais nucleares do país. O documento, entregue ao governo japonês, diz que o risco de tsunami foi subestimado e que a operadora das usinas nucleares japonesas deveria ter reatualizado periodicamente os riscos de catástrofes naturais para proteger as instalações.

Mas os especialistas da agência ficaram impressionados com a reação "exemplar" das autoridades japonesas ao acidente, considerado o mais grave desde a catástrofe de Chernobyl em 1986. As medidas tomadas para proteger os moradores foram apropriadas, elogia o relatório que pede, no entanto, uma maior independência da Agência de Segurança Nuclear do Japão.

Os resultados dessa missão da AIEA serão discutidos na reunião sobre segurança nuclear da agência, que acontece entre os dias 20 e 24 de junho em Viena. Os especialistas da AIEA querem aproveitar as conclusões tiradas deste acidente de Fukushima para alertar a comunidade internacional e melhorar a segurança nuclear no mundo inteiro.

Japão continua trabalhando para conter crise nuclear

A Tepco, operadora da central nuclear de Fukushima, anunciou nesta quarta-feira que colocou em funcionamento um sistema hidráulico de resfriamento instalado na parte superior do reator número 2 para diminuir a temperatura de 80 para 40 graus Celsius. O próximo passo é instalar o mesmo sistema nos outros três reatores da usina.

Os sistemas originais de resfriamento tinham sido desligados com os danos provocados pelo terremoto e pelo tsunami de 11 de março, levando ao superaquecimento das barras de combustível e explosões nos edifícios onde estão os reatores. A operadora Tepco espera estabilizar a temperatura dos quatro reatores até janeiro de 2012.
 

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