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Síria/ violência

França e EUA elevam tom contra regime sírio

A tensão cresce na Síria, onde as embaixadas da França e dos Estados Unidos são alvo desde o final de semana de ataques de simpatizantes do presidente Bashar al-Assad. O governo francês pressiona o Conselho de Segurança da ONU a agir contra as arbitrariedades do regime sírio. Mas a oposição pró-democracia se declara categoricamente contrária a uma intervenção militar estrangeira no país, defendendo apenas uma pressão internacional contra o regime.

Embaixada dos Estados Unidos após um ataque de manifestantes leais ao ditador Sírio, em Damasco.
Embaixada dos Estados Unidos após um ataque de manifestantes leais ao ditador Sírio, em Damasco. Reuters
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A França ameaçou de recorrer ao Conselho de Segurança da ONU se a Síria não garantir o respeito aos espaços diplomáticos francês e americanos no país. Ontem, as embaixadas dos dois países foram atacadas por apoiadores do regime, em represália à visita dos embaixadores à cidade de Hama, principal palco da contestação do poder do presidente Bachar al-Assad.

Depois dos incidentes, França e Estados Unidos aumentam a pressão para que al-Assad deixe o poder. Nesta manhã, o primeiro-ministro francês, François Fillon, disse que o “silêncio” do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria “já ultrapassou todos os limites”. A falta de reação das Nações Unidas face à violência da repressão síria virou “insuportável”, conforme o premiê. A França e o Reino Unido já apresentaram uma proposta de resolução contra o país árabe no Conselho de Segurança, mas a China e a Rússia bloqueiam a aprovação do texto, como lembrou Fillon.

Ontem, pela primeira vez, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, declarou que o presidente al-Assad “perdeu a sua legitimidade” e “não é indispensável à Síria”. Clinton ressaltou que os Estados Unidos não fazem o menor esforço para que ele permaneça no poder. Os americanos ainda não solicitaram que o presidente sírio deixe a presidência, apesar de a repressão já ter feito pelo menos mil e 500 mortos desde que a violência aumentou, em março. Até mesmo o Irã, principal aliado da Síria na região, já pediu para que o vizinho aceite as reformas propostas pelo povo.
 

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