França pressiona para voto na ONU contra a Síria
A França espera obter o apoio da comunidade internacional para a adoção de uma resolução no Conselho de Segurança da ONU contra a repressão aos civis na Síria.
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De acordo com o primeiro-ministro François Fillon, o projeto, enviado há quatro semanas, tem a parceria da Grã-Bretanha, Alemanha e de Portugal. Um dos objetivos é obter o apoio da Rússia e da China, reticentes à intervenção em assuntos políticos internos. Para o premiê francês, "o silêncio do Conselho de Segurança da ONU em relação à Síria é inaceitável."
Nesta terça-feira, a França e os Estados Unidos também condenaram os ataques às embaixadas dos dois países em Damasco. As representações diplomáticas americana e francesa foram invadidas por uma multidão de partidários do regime sírio no fim-de-semana e nesta segunda-feira, em represália à visita dos dois embaixadores à cidade de Hama, no centro, em apoio a uma manifestação contra o governo.
Nesta segunda-feira, a secretária de estado americana, Hillary Clinton, disse que o presidente Bachar Al Assad ”tinha perdido toda sua legitimidade,” em uma primeira declaração desde o dia 15 de março, quando tiveram início os movimentos de protesto na Síria. "Assad não é indispensável, e nem manteve suas promessas", disse.
A Síria reagiu imediatamente às declarações da secretária de estado norte-americana. Em um comunicado, o ministério das relações exteriores lembrou que a declaração de Clinton era mais uma prova "da ingerência dos Estados Unidos nas questões internas na Síria." A oposição no país, apesar da repressão aos civis, é contra uma intervenção militar, temendo um cenário similar à guerra na Líbia. Mas pede um aumento da pressão internacional sobre o regime.
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