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Partido de Putin vence legistativas na Rússia, mas perde eleitores

O partido do premiê russo Vladimir Putin venceu as eleições legislativas deste domingo na Rússia, de acordo com os primeiros resultados oficiais. O Rússia Unida obteve pelo menos 47% dos votos, quase 20% a menos em relação às últimas eleições, mas suficiente para garantir a maioria na Câmara Baixa do Parlamento Russo, a Duma.

O presidente Dmitri Medvedev conversa com o primeiro-ministro Vladimir Putin, antes do Congresso do Partido Rússia Unida.
O presidente Dmitri Medvedev conversa com o primeiro-ministro Vladimir Putin, antes do Congresso do Partido Rússia Unida. REUTERS/Denis Sinyakov
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Segundo pesquisas de boca de urna do Instituto, o partido comunista obteve 19,8% dos votos, o Rússia Justa 12,8% e os nacionalistas do partido liberal democrata, 11,4%. Segundo Putin, os resultados das eleições vão possibilitar "um desenvolvimento estável da Rússia." Para o presidente russo Dimitri Medvedev, os resultados 'refletem a opinião do país.'

Com o resultado, o Rússia Unida garante pelo menos 220 das 450 cadeiras na Câmara dos Deputados, contra 315 atualmente. As legislativas deste domingo são consideradas como um teste de popularidade para Putin, antes das presidenciais, previstas para 4 de março, onde ele tentará uma reeleição. A oposição denuncia as irregularidades na campanha, e o favorecimento dado ao Rússia Unida, que teve mais tempo de propaganda na TV, por exemplo.

Cerca de 110 milhões de eleitores foram convocados para votar neste domingo. Líder nas pesquisas, o partido Rússia Unida, do presidente Dmitri Medvedev e do primeiro-ministro Vladimir Putin, perdeu popularidade nos últimos dias com a confirmação de que Putin vai disputar novamente a presidência, em março.

A votação começou na noite de sábado, no extremo leste da Rússia, devido ao fuso horário. Maior país do mundo em extensão territorial, a Rússia conta com nove fusos horários. A maior ONG russa de combate a fraudes eleitorais, a ONG Golos, encarregada de supervisionar a votação, denunciou neste sábado pressões e ameaças do Kremlim sobre seus militantes.

Analistas interpretam essa debandada como um sinal de que os russos estão cansados do modelo de poder atual, apontado como corrupto e centralizador, e querem mudanças. O partido que domina a vida política na Rússia há mais de uma década, sufocando opositores e a imprensa, corre o risco de perder a maioria qualificada (2/3) no parlamento e com isso ficar impedido de aprovar emendas na Constituição.

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