Intervenção americana para libertar réfens iranianos foi positiva, diz Irã
Apesar do aumento da tensão entre o Irã e os Estados Unidos no estreito de Ormuz, onde o governo iraniano continua realizando manobras navais e ameaça fechar o canal em caso de novas sanções, o regime de Ahmadinejad qualificou de ‘gesto positivo’ a atitude americana. A marinha do país libertou 13 reféns iranianos das mãos dos piratas somalis.
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Em entrevista ao canal Al-Alam, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, disse que "a ação das forças americanas, que salvaram a vida dos marinheiros iranianos, é um gesto humanitário positivo, e todas as nações deveriam ter a mesma atitude."
Os 13 marinheiros iranianos estavam há 45 dias nas mãos de piratas somalis. Na quinta-feira, o destroyer USS Kid, um dos navios de guerra que escolta o porta-aviões John C. Stennis, recebeu um pedido de socorro do navio Al Molai. De acordo com um comunicado do serviço de investigação da Marinha americana, a embarcação estava sem provisões e os marinheiros sendo obrigados a realizar atividades de pirataria. De acordo com o capitão do USS Kid, John Kirby, porta-voz do Pentágono, os americanos deram combustíveis e provisões aos iranianos.
A agência Fars adotou um tom mais provocativo. De acordo com um comunicado, a ação foi “holywoodiana”, e serve de propaganda para o governo americano. "A marinha iraniana socorreu diversos navios estrangeiros que estavam na mãos de piratas, e a mídia estrangeira nunca deuatenção para o fato", diz o texto.
A intervenção americana ocorre em um momento de extrema tensão no estreito de Ormuz. O governo iraniano, que executa manobras navais na região, ameaça fechar o canal em caso de novas sanções contra as exportações de petróleo do país, em razão de seu controverso programa nuclear. Na terça-feira, o general Attaollah Salehi, chefe das forças armadas iranianas, lançou um alerta contra os Estados Unidos, pedindo que o porta-aviões americano não retorne ao Golfo Pérsico. Mas o governo americano deve manter seus navios na região, e qualificou as ameaças iranianas de ‘sinal de fraqueza. ‘
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