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Síria/ violência

ONU não consegue mais contar mortos na Síria

A ONU afirmou hoje que não é mais capaz de contar o número de mortos no conflito entre as autoridades sírias e opositores ao regime do presidente Bachar al-Assad. Nesta quinta-feira, o governo lançou uma nova ofensiva contra uma cidade foco de protestos, nas proximidades da capital, Damasco.

A Syrian soldier displays weapons seized from what officials say were gunmen, during the tour of Arab monitors in Damascus countryside Harasta January 26, 2012.
A Syrian soldier displays weapons seized from what officials say were gunmen, during the tour of Arab monitors in Damascus countryside Harasta January 26, 2012. REUTERS/Ahmed Jadallah
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As autoridades negam as origens populares das manifestações e atribuem os protestos, iniciados há 10 meses, a terroristas. Neste contexto, a limitação ao trabalho de jornalistas é cada vez maior e as fontes neutras de informação, mais escassas, limitando-se a militantes anti-regime.

A situação levou a alta comissária dos Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, a afirmar em Nova York que a organização estava “com dificuldades” de obter um balanço confiável de vítimas, porque “algumas regiões estão totalmente fechadas” para a entrada de estrangeiros.

Pillay explicou que o número de 5 mil mortos – o último balanço informado pela ONU, no início de dezembro - é certamente maior hoje. “Mas 5 mil já é um número enorme de vítimas, que deveria incitar a comunidade internacional a agir com urgência”, disse.

Em janeiro, um representante da ONU afirmou que ao menos 400 pessoas foram mortas na Síria desde 26 de dezembro, quando a missão de observadores árabes se iniciou no país. Mas o Conselho de Segurança da ONU não consegue chegar a um consenso sobre uma resolução condenando a repressão dos protestos na Síria, devido a oposição da Rússia, aliada de Assad e contrária a qualquer condenação, e da China.

Na segunda-feira, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, vai a Nova York explicar ao Conselho de Segurança o novo plano árabe para resolver a crise. O plano prevê que Assad entregue o poder ao seu vice “de maneira pacífica”.O regime já antecipou que é contra a proposta.

Enquanto isso, as forças sírias lançaram uma nova ofensiva contra Duma, a 20 quilômetros da capital, que havia sido brevemente controlada por soldados desertores do regime no último dia 21. A violência dos confrontos já deixou oito mortos nesta quinta-feira: quatro civis e quatro militares.

 

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