Acesso ao principal conteúdo
China/Alemanha

Na China, Merkel pede apoio contra Irã e dinheiro para a Europa

Angela Merkel chegou nesta quinta-feira a Pequim, iniciando uma visita oficial de três dias à China, onde se encontrou com as autoridades do país. Ela pediu que as autoridades chinesas ajudem a convencer o Irã a desistir do seu controverso programa nuclear e injetem recursos nos fundos europeus de estabilização financeira.

A chanceler Angela Merkel reuniu-se com o premiê chinês Wen Jiabao nesta quinta-feira.
A chanceler Angela Merkel reuniu-se com o premiê chinês Wen Jiabao nesta quinta-feira. REUTERS
Publicidade

Com a colaboração de Luiz Tasso Neto, correspondente da RFI em Pequim

A chanceler alemã, que busca o apoio dos chineses para combater a crise na zona do euro, reuniu-se durante mais de uma hora com o presidente Hu Jintao e o premiê Wen Jiabao. Mas o tema principal desse encontro foi a adoção das sanções contra o Irã. Missão essa que parece quase impossível, já que a China é dependente do petróleo iraniano e, como já demonstrou em outros casos como o da Síria, tem uma política irredutivelmente contrária a qualquer tipo de sanção.

O Irã é acusado pela comunidade ocidental de utilizar seu programa nuclear de fachada para a construção de uma bomba atômica. “Em relação às sanções europeias contra o Irã, a questão é saber de qual maneira a China pode usar sua influência para ajudar o regime a entender que o mundo não pode ter uma outra potência que possua a arma nuclear.” O premiê chinês disse à imprensa que ele se recusava de dar um tom político às relações comerciais com os iranianos.

Depois de um encontro com a chanceler alemã, o premiê chinês também declarou que a China poderia injetar mais recursos no FESF (Fundo Europeu Estabilização Financeira ao MES (Mecanismo Europeu de Estabilização), sem revelar números. Segundo ele, não se trata de uma questão europeia, mas “de um problema mundial.”

Nesta sexta-feira, a chanceler alemã participa de um Fórum Empresarial na província de Guangdong, onde deverá pedir novamente que os chineses invistam no Fundo Europeu. Ela também pedirá ao governo chinês que melhore a proteção da propriedade intelectual e facilite o acesso das empresas alemãs ao território chinês.As autoridades chinesas esperam com essa visita que a cooperação estratégica e comercial entre ambos os países melhore e o investimento recíproco aumente, principalmente na área ambiental e no uso de energias renováveis.

Esta é a quinta passagem de Merkel pelo país asiático nos últimos sete anos, no momento em que os dois países comemoram 40 anos do estabelecimento das relações diplomáticas. 2012 ainda marca o Ano Cultural da China na Alemanha.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.