Ataque de grupo armado na fronteira entre Israel e Egito deixa 3 mortos

Um grupo de ativistas armados egípcios abriu fogo na manhã de hoje contra operários israelenses que trabalham na construção de uma cerca de segurança na fronteira do Egito com Israel. Um trabalhador árabe-israelense foi morto no atentado. O Exército israelense contra-atacou, matando dois ativistas.

Soldado israelense controla suspeito na área em que houve o ataque armado desta segunda-feira, 18 de junho, na fronteira do Egito com Israel. REUTERS/Amir Cohen

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse sentir uma deterioração nos controles efetuados pelas forças de segurança egípcias na região do Sinai. Segundo o porta-voz do Exército israelense, Yoav Mordechai, além de atirar contra os trabalhadores, o grupo terrorista pode ter lançado um míssil contra a cerca de segurança, numa área localizada a 30 km da fronteira com a Faixa de Gaza.

Israel decidiu construir essa cerca por questões de segurança e para proteger seu território do afluxo de imigrantes africanos que entram no país de forma clandestina. Segundo dados do Ministério do Interior israelense, 60 mil africanos vivem ilegalmente em Israel, a maioria vindos do Sudão, Sudão do Sul e da Eritreia, entre outros países da África.

O estado hebreu iniciou nesse domingo uma campanha de expulsões que deve tirar do país, num primeiro momento, 3.500 sul-sudaneses e marfinenses. O primeiro avião transportando 127 sul-sudaneses decolou ontem à noite de Israel. Os clandestinos que aceitam deixar o território espontaneamente recebem 1.000 euros de ajuda financeira mais 400 euros por criança, no caso de famílias.