Hezbollah comemora lançamento de foguete da Faixa de Gaza contra Tel Aviv
A capacidade dos grupos armados palestinos lançarem contra Israel foguetes do tipo Fajr 5,de fabricação iraniana, representa um avanço significativo no conflito com o estado judeu, afirmou o líder do Hezbollah libanês. "O lançamento do foguetes Fajr 5 sobre Tel Aviv demonstra a maturidade, a sabedoria e a força, bem como a coragem da resistência palestina na Faixa de Gaza", estimou Hassan Nasrallah em um discurso na quinta-feira.
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"Trata-se de um avanço significativo na história do conflito entre a resistência e o inimigo israelense", afirmou Nasrallah. Suas declarações foram retransmitidas nesta sexta-feira pela agência oficial (ANI).
Israel lançou uma vasta ofensiva contra os os grupos armados palestinos na Faixa de Gaza e ataques já mataram o chefe militar do Hamas, Ahmad Jaabari, e mais de 20 outras pessoas. Pelo menos 200 pessoas ficaram feridas.
Os grupos armados palestinos lançaram dezenas de foguetes em direção à Israel e três pessoas morreram no país. Três dos foguetes lançados entre quinta-feira e sexta-feira atingiram pela primeira vez a região de Tel Aviv, provocando pânico entre os moradores.
O braço armado da Jihad Islâmica, as Brigadas de Al-Qods, admitiram em um comunicado “ter bombardeado Tel Aviv com um foguete Fajr 5”, de um alcance máximo de 75 quilômetros.
O chefe do Hezbollah, que entrou em guerra contra Israel em 2006, afirmou que "o inimigo israelense tinha sido surpreendido e forçado a reconhecer que sua capital tinha sido atingida", em alusão à Tel Aviv.
Segundo a imprensa israelense, foi a primeira vez que a região metropolitana de Tel Aviv tfoi alvo de armas depois dos mísseis Scud lançados pelo Iraque em 1991.
Aliado do Irã e da Síria, o líder do movimento xiita libanês fez um apelo para os dirigentes árabes “deixar de lado suas divergências sobre a questão síria e fazer um esforço para parar a agressão contra a Faixa de Gaza e proteger seu povo".
Para Nasrallah, a única coisa que pode mudar a situação é que a Liga Árabe e a Organização para Cooperação Islâmica usem a "arma do petróleo" para forçar os Estados Unidos a fazer pressão sobre Israel. "Não é apenas a batalha de Gaza, mas uma batalha na qual estamos todos implicados", defendeu o líder xiita.
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