Após decisão da ONU, Israel anuncia novos assentamentos
Israel autorizará a construção de três mil novas unidades de alojamentos nos bairros da parte leste de Jerusalém e na Cisjordânia. A decisão foi anunciada por um representante do governo israelense, menos de 24 horas depois da Palestina ter se tornado um Estado observador não-membro das Nações Unidas.
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"A informação procede. Construiremos três mil assentamentos em Jerusalém e na Cisjordânia", declarou à Agência France Presse o representante israelense, que não quis ser identificado. Ele fez o anúncio ao ser interrogado sobre a veracidade de um tweet do jornalista israelense, Barak Ravid, que escreve para o jornal Haaretz. Segundo o tweet, "três mil assentamentos serão construídos, em resposta às manobras palestinas na ONU".
O jornalista afirma que os novos alojamentos serão construídos na polêmica região "E1", que liga a parte leste de Jerusalém à colônia de Maale Adoumim, na Cisjordânia. "Apesar dos sinais contrários enviados ao presidente Barack Obama, o primeiro-ministro Benjamin Nataniahu ordenou que as construções na zona E1 prossigam, entre as regiões de Maalé Adoumim e Jerusalém, o que vai isolar a parte norte da Cisjordânia da sua região meridional", concluiu o jornalista Barak Ravid.
Por meio do projeto, Israel pretende criar uma continuidade territorial entre Maalé Adoumim (35 mil habitantes) e os bairros colonizados da região leste de Jerusalém, ocupada e anexada por Israel desde 1967. A medida é condenada pelos palestinos, que estimam que a Cisjordânia seria "dividida em duas regiões", o que comprometeria a viabilidade de um Estado Palestino. Antes mesmo do reconhecimento da Palestina como Estado observador não-membro da ONU, Israel havia ameaçado os palestinos com supostas represálias.
No último dia 12 de novembro, o movimento israelense anti-colonização, Paz Agora, denunciou o projeto do governo de Israel de multiplicar por cinco o número de assentamentos na colônia de Itamar, no norte da Cisjordânia.
Em novembro de 2011, depois do reconhecimento da Palestina como membro da UNESCO, Israel anunciou a aceleração da construção de colônias na parte ocupada da Cisjordânia.
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