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Irã/Programa nuclear

Irã inaugura duas minas e novo complexo de produção de urânio

O Irã inaugurou nesta terça-feira duas minas que fornecerão urânio a um novo complexo de processamento do minério na província de Yazd, região central do país, em uma nova etapa do polêmico programa nuclear de Teerã. As duas minas ficam em Sagand, a 100 km do novo complexo construído em Ardakan, e terão capacidade de produção anual de 60 toneladas de concentrado de urânio. A televisão estatal iraniana exibiu imagens das novas instalações.

Foto feita por satélite em setembro de 2009 revelou o segundo complexo iraniano de enriquecimento de urânio perto da cidade de Qom.
Foto feita por satélite em setembro de 2009 revelou o segundo complexo iraniano de enriquecimento de urânio perto da cidade de Qom. REUTERS/DigitalGlobe
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O Irã anunciou há uma década a descoberta das minas de Sagand, mas segundo especialistas o minério existente no local é de péssima qualidade. Depois de extraído em estado bruto, o material é transformado em minério de urânio, destinado a produzir gás UF6, que mais tarde é processado em centrífugas para enriquecer o urânio.

"No passado, dependíamos do exterior para receber material, mas graças a Deus inauguramos uma mina depois da outra. Agora controlamos a cadeia completa de produção de energia nuclear", declarou o presidente Mahmoud Ahmadinejad em um discurso exibido ao vivo pela televisão.

Nos anos 70, o Irã, então governado pelo xá, comprou 600 toneladas de concentrado de urânio ("yellow cake") da África do Sul. Quarenta anos mais tarde, em dezembro de 2010, Teerã anunciou a ter obtido sua primeira produção autônoma de "yellow cake", destinado à produção de urânio enriquecido, a partir da extração de mineral da mina de Gachin, no sul do país. Em fevereiro passado, o governo iraniano afirmou ter descoberto reservas equivalentes a 4.400 toneladas.

Segundo o último relatório da Agência Internacional de Energía Atômica (AIEA), publicado em fevereiro, o Irã produz atualmente urânio enriquecido a 3,5% e a 20% nos complexos de Ntanz e Fordo (centro), o que alimenta o temor das potências ocidentais de que o país desenvolve a bomba atômica. 

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