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Síria/Vaticano

Papa pede libertação de bispos ortodoxos sequestrados na Síria

O papa Francisco pediu hoje a libertação dos dois bispos das igrejas ortodoxas síria e grega sequestrados nesta segunda-feira num povoado vizinho de Aleppo, no norte da Síria. Israel voltou a acusar o regime do presidente Bashar al-Assad de utilizar armas químicas, provavelmente o gás sarin, altamente tóxico, contra os rebeldes.

Fotomontagem dos dois bispos ortodoxos raptados esta segunda-feira na Síria.
Fotomontagem dos dois bispos ortodoxos raptados esta segunda-feira na Síria. heorthodoxchurch.info
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De acordo com um comunicado do porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, o papa Francisco acompanha os acontecimentos "com profunda participação e reza pela saúde e a libertação dos bispos". Os bispos Youhanna Ibrahim, da igreja ortodoxa síria, e Boulos Yazigi, da igreja ortodoxa grega, ambos de Aleppo, foram sequestrados quando realizavam uma missão humanitária no povoado de Kafr Dael. Segundo a diocese ortodoxa síria, os religiosos foram raptados por extremistas islâmicos tchechenos.

O motorista do carro que conduzia os bispos foi assassinado com um tiro, o que para o porta-voz do Vaticano é "uma dramática confirmação da situação trágica em que vive a população síria e suas comunidades cristãs". Lombardi disse que o papa tem sido informado "desse fato gravíssimo, que se soma à violência dos últimos dias e à urgência humanitária imensa".

A Síria conta com apenas 5% de cristãos em sua população, e a comunidade cristã está particularmente vulnerável no atual contexto de guerra civil. 

A associação francesa cristã "Obras do Oriente" fez um apelo aos rebeldes e à comunidade internacional para se mobilizar pela libertação dos bispos. Este é o segundo rapto de sacerdotes perto de Aleppo. Há três meses, dois padres ortodoxos estão nas mãos de sequestradores que pediram resgate em dinheiro.

Israel acusa regime sírio de uso de armas químicas

Em Israel, o general Itaí Brun, chefe do departamento de pesquisa e análise do serviço de inteligência das Forças Armadas, acusou hoje o regime do presidente Bashar al-Assad de utilizar armas químicas, provavelmente o gás sarin, altamente tóxico, contra os rebeldes.

Forças do regime e rebeldes travam combates violentos na província de Homs, sendo que as tropas de Assad contam agora com o apoio de combatentes do Hezbollah, o movimento radical xiita libanês, segundo Rami Abdel Rahmane, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Os campos inimigos disputam o controle da cidade de Qousseir, conquistada pelos rebeldes há um ano. 

OTAN segue atenta à situação na Síria

O novo secretário de Estado americano, John Kerry, participa nesta terça-feira em Bruxelas da reunião de ministros das Relações Exteriores da OTAN, na qual a aiança ocidental vai reafirmar sua atitude "vigilante" em relação à Síria e ao futuro do Afeganistão.

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