Atentado contra delegacia de polícia intensifica violência no Egito
O Egito viveu na terça-feira um dos piores dias de violência desde a destituição do presidente Mursi, em três de julho. Nas últimas 24 horas ao menos 13 pessoas morreram e os confrontos entre partidários e opositores do líder islamita deposto continuam nesta quarta-feira, 24 de julho de 2013. Esta manhã uma bomba explodiu em frente a uma delegacia de polícia, ao norte do Cairo, matando um policial e ferindo 17.
Publicado a:
Além do atentado contra a delegacia ao norte da capital, dois manifestantes pró-Mursi morreram durante uma passeata no Cairo na manhã desta quarta-feira. Nas últimas 24 horas ao menos 13 pessoas morreram nos confrontos, principalmente na capital.
O impasse continua total entre os partidários da Irmandade Muçulmana, movimento do presidente deposto Mohamed Mursi, e seus opositores. A Irmandade Muçulmana aposta na mobilização nas ruas para pressionar o exército e o governo provisório. Seus partidários estão acampados principalmente nas proximidades da Universidade do Cairo e da Mesquita Rabaa al-Adawija há três semanas. Eles exigem a volta do ex-chefe de Estado, que foi eleito democraticamente, à presidência do país.
O governo transitório alerta que não deixará o Egito entrar numa guerra civil, como na Síria, e continua aplicando as medidas que visam a organização de novas eleições legislativas e presidenciais em 2014. Esta manhã, o chefe das Forças Armadas Abdel Fattah al-Sissi pediu à população “para manifestar e apoiar o exército a pôr fim à violência e ao terrorismo”.
Desde a deposição do presidente Mursi, em 3 de julho, mais de 150 pessoas já morreram nos confrontos entre partidários e opositores do líder islamita.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro