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Ásia/Equipamento militar

Índia apresenta primeiro porta-aviões construído no país

A Índia apresentou nesta segunda-feira, 12 de agosto de 2013, o primeiro porta-aviões construído inteiramente no país. O governo indiano tem feito um esforço de modernização de seu equipamento militar, que é em parte originário da União Soviética, a fim de rivalizar com a outra potência emergente da Ásia, a China.

O primeiro porta-aviões construído na Índia foi apresentado nesta segunda-feira, 12 de agosto de 2013.
O primeiro porta-aviões construído na Índia foi apresentado nesta segunda-feira, 12 de agosto de 2013. REUTERS/Sivaram
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O INS Vikrant, uma embarcação de 40 mil toneladas, vai entrar em serviço em 2018, após uma bateria de testes. Ele marca a entrada da Índia no seleto clube de países que desenham e constroem seus porta-aviões, junto com os Estados Unidos, a Grã-Bretannha, a Rússia e a França.

O programa custou cerca de 5 bilhões de dólares - o equivalente a 11,33 bilhões de reais - e teve dois anos de atraso.

Mas "é um etapa notável", declarou o ministro da Defesa A. K. Antony, que assistiu à apresentação do porta-aviões no porto de Cochin (sul do país). "Esse é o primeiro passo de uma longa viagem, e um primeiro passo importante", disse.

Segundo os analistas, a Índia tenta reagir à crescente influência da outra potência emergente asiática, a China, modernizando seu arsenal.

O porta-aviões "será utilizado na região do oceano Índico, onde os interesses comerciais e econômios do mundo convergem. A Índia está consciente das capacidades da China", estima Rahul Bedi, expert da revista de defesa Jane's.

Modernização

Nova Délhi está investindo bilhões de dólares na modernização de seu equipamento militar. Segundo o escritório de consultoria KPMG, o país vai gastar 112 bilhões de dólares em armamento de 2010 a 2016.

No último sábado, o governo anunciou que o primeiro submarino nuclear construído na Índia está pronto para testes.

O primeiro-ministro Manmohan Singh declarou estar "contente em saber que o reator de propulsão nuclear a bordo do INS Arihant, o primeiro construído na Índia, está funcionando".

Todos esses programas têm como objetivo "projetar a potência da Índia, em uma extensão de sua diplomacia", acrescentou o analista da Jane's.

A embarcação apresentada nesta segunda-feira "vai reforçar a credibilidade da Índia" mas "não vai mudar a relação de forças com a China", segundo C. Uday Bhaskar, um ex-oficial da Marinha e ex-diretor da Fundação marítima nacional.

"A competência da China no campo nuclear e de capacidade de construção marítima é superior" à da Índia, acrescentou ele.

A China colocou em serviço em setembro de 2012 seu primeiro porta-aviões, o Liaoning, construído a partir da estrutura de um navio destinado originalmente à Marinha soviética, o Vayag, mas que nunca foi terminado.

A Índia deve ainda receber da Rússia um antigo navio de guerra, o Almirante Gorshkov, rebatizado INS Vikramaditya, até o final do ano, ou seja com quatro anos de atraso.

O país possui atualmente somente um porta-aviões, uma embarcação britânica de 60 anos, comprado em 1987 e rebatizado INS Viraat, e que será pouco a pouco abandonado nos próximos anos.

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