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Tunísia/Protestos

Tunisianos saem às ruas em protesto pelos direitos das mulheres

Milhares de pessoas são esperadas nas ruas da Tunísia nessa terça-feira, 13 de agosto, em um protesto pelos direitos das mulheres. Além de criticar a situação política do país, os manifestantes devem aproveitar a ocasião para contestar o partido Ennahda, de tendência islamita, acusado de promover um retrocesso nas condições de vida das tunisianas desde que controla o poder.

Protestos vem tomando as ruas da Tunísia desde o assassinato de um opositor no mês de julho.
Protestos vem tomando as ruas da Tunísia desde o assassinato de um opositor no mês de julho. REUTERS/Anis Mili
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A Tunísia celebra nessa terça-feira o aniversário da assinatura, em 1956, de um código de conduta que concede às mulheres do país uma série de direitos elementares inexistentes nas demais nações árabes. Mas desde a entrada no poder do partido de tendência islamita Ennahda, o governo vem tentando mudar a Constituição, com novas leis que não garantiriam a igualdade entre tunisianos e tunisianas.

Diante da situação, aliada ao clima de tensão que toma conta da Tunísia desde o assassinato em 25 de julho do deputado da oposição Mohamed Brahmi, várias associações e grupos políticos do país decidiram sair às ruas. Os manifestantes pedem a demissão do governo, mas também a preservação dos direitos das tunisianas. “Essa não será uma festa, e sim uma marcha contra o terrorismo e as tentativas do Ennahda de tocar nos direitos das mulheres”, declarou Amel Radhouani, da associação Femmes Libres (Mulheres Livres).

Segundo a oposição, o partido do poder estaria apoiando os líderes religiosos que incitam a poligamia e organizam casamentos envolvendo meninas menores de idade, uma prática proibida no país desde 1956. Ennahda também teria tentado excluir o princípio de "igualdade" da Constituição, defendendo sua substituição pelo termo “complementaridade”. O partido nega as acusações.

 

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