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Síria/ONU

Regime e rebeldes cometeram crimes de guerra na Síria

A Comissão da ONU encarregada de investigar crimes contra os direitos humanos na Síria divulgou nesta manhã, 11 de setembro de 2013, em Genebra, um novo relatório sobre o conflito na Síria. O texto concluiu que tanto as forças governamentais quanto os rebeldes e combatentes estrangeiros presentes na Síria cometeram crimes contra a humanidade e crimes de guerra entre 15 de maio e 15 de julho deste ano. A comissão suspeita do uso de armas químicas no conflito, mas diz não ter meios de apontar os autores desses ataques.

Rebeldes sírios na periferia de Damasco.
Rebeldes sírios na periferia de Damasco. Reuters
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O relatório da Comissão da ONU, presidida pelo brasileiro Paulo Sergio Pinheiro, afirma que as forças do presidente Bashar al-Assad massacraram civis, bombardearam hospitais e cometeram outros crimes de guerra nos últimos meses na Síria. O relatório também aponta crimes de guerra cometidos pelos rebeldes e combatentes estrangeiros, que entraram na Síria para lutar contra o regime. Os oponentes são acusados de realizar execuções sumárias, sequestros e bombardeios a zonas civis.

O documento aponta que armas químicas foram provavelmente usadas no conflito sírio. Os integrantes da comissão da ONU recolheram vários depoimentos indicando que “provavelmente os ataques com armas químicas foram realizados pelas forças governamentais”. Mas o texto afirma que ainda não é possível dizer quem são os autores desses ataques e nem que gases foram utilizados. A investigação continua.

Diante desses crimes, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro afirma ser indispensável que seus responsáveis sejam levados à justiça e julgados por infração às regras do direito internacional. A equipe da ONU é formada por 11 especialistas. Eles entrevistaram 258 refugiados, desertores e outras pessoas envolvidas no conflito sírio para fazer este 11° relatório, em dois anos, sobre os crimes contra os direitos humanos na Síria.

As potências ocidentais aguardam os resultados de outro relatório de inspetores da ONU sobre o uso de armas químicas no massacre de 21 de agosto, nos arredores de Damasco, em que cerca de 1.400 pessoas morreram intoxicadas provavelmente por gás sarin.

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