Ucrânia promete acordo com UE, mas oposição convoca novos protestos
O vice-primeiro-ministro ucraniano declarou nessa quinta-feira, 12 de dezembro, que seu país deve assinar um acordo de aproximação com a União Europeia "em breve". Mas o anúncio não acalmou a oposição, que convocou uma nova manifestação popular no próximo domingo na capital Kiev.
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Apesar das tentativas do governo ucraniano para acalmar os protestos que tomam conta da capital há quatro semanas, a oposição convocou uma nova manifestação em Kiev no próximo domingo, meio-dia no horário local. “O objetivo principal é impedir que o presidente Viktor Ianoukovitch se aproxime da União aduaneira (dirigida por Moscou) durante sua visita a Rússia no dia 17 de dezembro”, declarou Arseni Iatseniouk, um dos líderes da oposição na Ucrânia.
O militante, membro do partido da ex-primeira-ministra Iúlia Timochenko, espera repetir o sucesso dos protestos realizados nos dois últimos fins de semana, quando centenas de milhares de pessoas se reuniram no centro de Kiev. Os manifestantes contestam a aproximação do governo com a Rússia e acusam o presidente ucraniano de “vender” o país para Moscou em troca de uma redução nos preços do gás fornecido pelos russos.
Logo após a convocação para a nova manifestação, o vice-primeiro-ministro ucraniano Serhiy Arbouzov disse que a Ucrânia deve assinar “em breve” um acordo de associação e de livre comércio com a União Europeia. A declaração foi feita logo após uma reunião com o comissário europeu encarregada da ampliação do bloco, Stefan Füle. O representante de Kiev não deu detalhes sobre a data exata para esse acordo, mas afirmou que ele deveria “levar em conta os interesses estratégicos nacionais”.
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