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EUA/Alemanha

EUA e Alemanha discutem acordo para abolir espionagem mútua

Os Estados Unidos afirmaram nesta terça-feira (14) que as negociações com a Alemanha sobre uma proibição recíproca da espionagem ainda estão em andamento, apesar do pessimismo da imprensa alemã.

A sede da NSA, a Agência de Segurança Americana
A sede da NSA, a Agência de Segurança Americana Jim Urquhart/REUTERS
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Nesta terça-feira-feira, o jornal Süddeutsche Zeitung (SZ) publicou uma matéria mostrando que o país tem poucas esperanças em obter um acordo com o governo americano em relação à espionagem de diversos países, incluindo o Brasil.

As denúncias vieram à tona depois das revelações do ex-consultor da CIA Edward Snowden sobre a existência de um programa mundial de monitoramento eletrônico praticado pela NSA, a agência de segurança americana.

A Alemanha chegou a convocar o embaixador americano no país para consulta depois da descoberta de que o celular da chanceler americana Angela Merkel poderia ter sido grampeado.

EUA mentiram para a Alemanha, diz jornal

Na reportagem do jornal alemão, um dos entrevistados, uma fonte do serviço secreto do país, chega a dizer que os Estados Unidos "mentiram para a Alemanha."

A porta-voz do Conselho Nacional de Segurança americano (NSC), Caitlin Hayden, desmentiu o clima de pessimismo.

"Demos início a várias consultas sobre a cooperação entre os serviços secretos nos últimos meses, que nos ajudam a compreender as necessidades e as preocupações que existem dos dois lados", declarou.

De acordo com ela, as consultas vão continuar, levando em conta "as ameaças comuns, o contexto tecnológico do nosso trabalho, nossas relações e nosso respeito mútuo pelos direitos civis e políticos."

Uma delegação de autoridades alemãs esteve nos Estados Unidos para discutir um acordo que aboliria a espionagem mutuamente. Parlamentares americanos também estiveram no país na tentativa de apaziguar os ânimos.

Brasil e Alemanha apresentaram proposta conjunta

A Alemanha e o Brasil apresentaram uma proposta conjunta na Assembleia Geral da ONU contra a espionagem em outubro.

Na ocasião, a presidente Dilma Rousseff, que também foi alvo do programa, pronunciou um discurso contra a prática, dizendo que "imiscuir-se dessa forma na vida dos outros países fere o direito internacional e afronta os princípios que devem reger as relações entre eles, sobretudo, entre nações amigas".

Ela também cancelou uma visita oficial que faria em outubro aos EUA, onde seria recebida com honras de chefe de estado.

 

 

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