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Nigéria/Sequestro

Líderes africanos adotam em Paris plano contra grupo Boko Haram

Reunidos em Paris neste sábado (17) para discutir medidas a serem tomadas após o sequestro de mais de 200 estudantes na Nigéria, cinco chefe de Estado africanos adotaram um plano de luta contra o grupo radical islâmico Boko Haram, responsável pelo rapto e considerado pelos participantes como uma “seita terrorista”. O encontro, organizado pelo presidente francês, François Hollande, também contou com a presença de representantes dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e da União Europeia.

Os presidentes da France, François Hollande (d), e da Nigéria, Goodluck  Jonathan, durante reunião em Paris.
Os presidentes da France, François Hollande (d), e da Nigéria, Goodluck Jonathan, durante reunião em Paris. REUTERS/Gonzalo Fuentes
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A reunião parisiense é realizada pouco mais de um mês apos o sequestro das estudantes em Chibok, no nordeste da Nigéria. No final do encontro, que contou com a presença dos presidentes da Nigéria, Chade, Camarões, Níger e Benin, o líder francês anunciou a adoção de um “plano global regional a médio e longo prazo” contra o grupo radical. Hollande explicou que o projeto vai contar com “troca de informações, vigilância das fronteiras, presença militar em torno do lago Chade e a capacidade de intervenção em caso de perigo”.

O líder francês também ressaltou que o Boko Haram está “ligado ao terrorismo na África” e que o grupo tem elos sólidos com a Al-Qaeda na região, além de outras organizações extremistas no continente. Hollande lembrou que os autores do rapto das 200 adolescentes estão fortemente armados, com equipamentos que vêm principalmente da Líbia. Criado como uma seita em 2002, o Boko Haram tem lançado ataques violentos que, desde 2009, já mataram milhares de pessoas.

O objetivo principal da reunião era mobilizar os países da região sobre o tema da segurança, principalmente Nigéria e Camarões, conhecidos por tensões territoriais antigas que tornam a colaboração difícil. “Estamos aqui para afirmar nossa solidariedade e determinação para lutar contra o Boko Haram”, declarou o presidente camaronês Paul Biya. “Estamos aqui para declarar guerra contra o Boko Haram”, completou o chefe de Estado.

O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, criticado por sua resposta lenta ao sequestro de Chibok, disse que está fazendo tudo para libertar as meninas. Estados Unidos, França, e Grã-Bretanha já enviaram equipes e aviões para ajudar nas operações de busca na Nigéria.

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