Nova doutrina naval da Rússia
A nova doutrina naval de Moscovo redefine a posição da Rússia no Mar Negro e visa reforçar a sua presença no oceano Atlântico e no Mediterrâneo. Moscovo realça que a estratégia naval requer uma adqueação face à evolução expansionista da NATO.
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A Rússia qualifica de inadmissível a expansão da NATO, que segundo o Moscovo põe em causa a sua segurança. Divulgada no domingo pelo Kremlin, a nova doutrina naval russa é de certa forma uma resposta à deterioração que vem caracterizando desde há um ano, as relações entre Moscovo e a Europa Ocidental e os Estados Unidos.
Em 2010 , a revisão da estratégia naval de Moscovo já apontava a NATO como a principal ameaça para a segurança da Rússia. O conflito na Ucrânia e as sanções aplicadas pelos ocidentais contribuiram para uma escalada da tensão entre os russos e os ocidentais sem precedentes, desde o fim da guerra fria.
A nova doutrina prevê o desenvolvimento das infra-estruturas da frota russa no Mar Negro e na Crimeia em particular, península ucraniana anexada em 2014 pela Rússia.O documento prevê igualmente a integração da Crimeia na Federação da Rússia.
Segundo o vice-primeiro-ministro russo, Dmitry Rogozin, Moscovo tenciona reforçar as suas posições no Atlântico e o no Ártico,referindo-se no tocante ao Atlântico, que a decisão é motivada pela expansão da NATO.
O perito em questões militar russo, Alexander Golts, considerou que a vontade de Moscovo é transparente , mas que para atingir os seus fins,a Russia deverá antes reforçar as capacidades da sua frota".
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