Síria enfraquecida redistribuí cartas militares
O presidente sírio Bachar Al-Assad admitiu, este domingo, que o seu exército se deve concentrar em defender as regiões mais importantes. Damasco controla apenas 25 % do seu território e vê-se a braços com uma nova postura interventiva da Turquia e os avanços das milícias curdas.
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Damasco faz face a múltiplas ameaças, desde a oposição armada ao Estado Islâmico (EI), ao passo que as milícias curdas da Síria expulsaram, esta segunda-feira, o EI da cidade de Sarrin, cortando a ligação que os islamistas utilizam para fazerem circular homens e armas entre Alepo e Raqa, a "capital" do EI na Síria.
Tal como no Iraque, as milícias curdas têm combatido o EI na Síria e assumido o controle de zonas outrora ocupadas pelo islamistas tal como Kobane, em janeiro, e Tall Abyad, em junho.
Há quatro anos em guerra, desde a guerra civil que se instalou após as manifestações de março de 2011, a Síria perde forças e o poder central já há muito deixou de controlar a integridade do seu território.
O balanço é pesado, milhões de feridos e de exilados, cerca de 230 mil mortos e um exército significativamente enfraquecido que terá passado de 250 mil soldados em 2011 a 125 mil actuais, entre perdas no campo de batalha e deserções.
O presidente Bachar Al-Assad pretendem reorientar os esforços militares no sentido de manter as zonas mais importantes do território sírio.
Bachar Al-Assad - Presidente sírio
Para o analista político do instituto INEGMA, Riad Kahwaji, Assad só mantém 25 % do território sob controlo de Damasco graças aos efectivos estrangeiros providenciados pelos seus aliados, nomeadamente o Irão.
Riad Kahwaji - Analista político do INEGMA
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