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China

China condiciona informação sobre Tianjin

Aumenta o número de  vítimas resultantes da violenta sequência de explosões ocorridas quarta-feira em Tianjin, cidade portuária do nordeste da China. O último balanço das autoridades chinesas aponta para  50 mortes, 700 feridos e mais de 6 mil desalojados. 

REUTERS/Stringer
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Trinta e seis horas depois das duas gigantescas explosões que sacudiram a zona portuária de Tianjin, o cenário é devastador. Edifícios destruídos, janelas pulverizadas e milhares de carros carbonizados. Para o local foi enviada uma equipa de cerca de 200 militares especialistas em armas nucleares, bacteriológicas e químicas que está a participar nas operações de limpeza.

A qualidade do ar está a suscitar preocupações, desde o acidente que persiste uma nuvem de fumo sobre a zona. Os responsáveis de Tianjin já vieram assegurar que o ar não está poluído, mas a Greenpeace revelou a presença de partículas de cianeto de sódio, substância particularmente tóxico.

Autoridades chinesas condicionam o acesso à informação

São muitas e pertinentes as questões sobre as causas deste acidente, mas até ao momento o pouco que se sabe tem sido divulgado pelas redes sociais. Citado pela agência France Press, o professor da universidade de Macquaire em Sydney e especialista nos meios de comunicação chinesa, Nicholas Dyon, refere que o governo foi ultrapassados pelas redes socais. "As notícias e as imagens foram difundidas sem que o governo pudesse controlar o que quer que fosse".

O Partido Comunista recuperou, entretanto, o controlo da situação e passou a ditar aos meios de comunicação oficiais a linha editorial, que não varia de uma catástrofe para a outra. Desde o tremor de terra em Sichuan em 2008, passando pelo descarrilamento do comboio em Wenzhou, em 2011 ao naufrágio do rio Yangtsé, no passado mês de Junho que se assiste aos mesmos procedimentos de propaganda de dissimulação dos factos.

O especialista em política chinesa da Universidade de Hong Kong, Willy Lam exlipca que no caso de Tianjin há uma intenção deliberada em esconder a informação.  " Há uma falta de transparência. Eles não querem publicar toda a informação ao mesmo tempo, e procuram sobretudo acalmar a população. A amplitude real do desastre ainda não foi divulgada".

No ano passado, depois da explosão de uma fábrica de automóveis em Kunsham, próximo de Shangai, as autoridades anunciaram inicialmente 70 vítimas. Só cinco meses depois é que foi apresnetado o balanço final que dava conta de 146 mortos.

O último balanço das autoridades de Tianjin aponta para 50 mortos, 700 feridos e 6 mil desalojados.

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