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Venezuela

Reabertura parcial de fronteiras colombiano-venezuelanas

Os presidentes da Venezuela e da Colômbia assinaram esta quinta-feira a reabertura das fronteiras dos seus dois países já na próximo sábado na tentativa de resolver a crise alimentar e ecónomica venezuelana.

Venezuelano na ponte Simon Bolivar na Colômbia antes do anúncio da reabertura da fronteira com a Venezuela, anunciada, a 11 de agosto pelos presidentes Maduro e Santos
Venezuelano na ponte Simon Bolivar na Colômbia antes do anúncio da reabertura da fronteira com a Venezuela, anunciada, a 11 de agosto pelos presidentes Maduro e Santos ©AFP/GEORGE CASTELLANOS
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Os presidentes venezuelano, Nicolas Maduro e colombiano, Juan Manuel Santos, assinaram, ontem, 11 de agosto, no Puerto Ordaz, leste venezuelano, a reabertura das fronteiras, entre os seus dois países, Venezuela e Colômbia.

Para já é uma reabertura parcial das fronteiras, que já foram no passado encerradas e reabertas, estando fechadas há um ano. 

Um dos focos desta mini-cimeira entre Maduro e Santos é o combate ao contrabando muito fluido entre as fronteiras dos dois países.

Mas, talvez o assunto mais importante e que preocupa as populações colombianas e venezuelanas, e que os dois presidentes tentaram passar para segundo plano, é a crise alimentar na Venezuela, com milhares de venezuelanos, fazendo filas intermináveis na fronteira colombiana, tentando ir comprar alimentos e outros produtos na Colômbia.

"Nós vamos reabrir as fronteiras de maneira progressiva", declarou o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, precisando que 5 postos de fronteiras serão abertos 15 horas por dia.

"Trata-se de uma primeira etapa", replicou do seu lado, o presidente da Venuzuela, Nicolas Maduro, apelando para que "seja feito o máximo para que a decisão seja coroada de êxito."

Maduro mandara encerrar a fronteira com o país vizinho, por "razões de segurança", a 19 de agosto de 2015, depois de um ataque de paramilitares colombianos contra uma patrulha do exército venezuelano. A tensão entre os 2 países agravou-se ainda quando Caracas expulsou milhares de Colombianos, residentes na Venezuela.

Nesse meio tempo veio a crise económica e financeira com repercussões na vida quotidiana dos venezuelanos, habitantes de um país rico e produtor de petróleo, mas onde quase que não há pão, arroz ou manteiga, sem falar noutros produtos.

As autoridades venezuelanas instalaram inclusivamente um regime de ração alimentar, com cada família, a ter direito, a um quilo de arroz por dia, frente a lojas que ficam esvaziadas, em poucas horas.

Em contrapartida, vê-se diariamente quilómetros de filas de gentes junto à fronteira colombiana, tentando entrar na Colômbia, para comprar medicamentos ou produtos alimentares de primeira necessidade.

Está agora anunciada a reabertura de 5 postos fronteiriços entre os dois países, mas reina o cepticismo entre a população venezuelana.

Para Fernando Campos, conselheiro das comunidades portuguesas em Caracas, o discurso de ambos os lados é contraditório e a situação alimentar é grave na Venezuela, o que leva muitos venezuelanos a ir fazer compras de produtos alimentícios na Colômbia.

02:01

Fernando Campos, conselheiro das comunidades portuguesas em Caracas

 

 

 

 

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