Israel pode reconhecer fronteiras de 1967 do Estado judaico
Movimento palestiniano que controla a Faixa de Gaza apresentou, pela primeira vez, uma posição mais moderada em relação a Israel e mostrou estar disponível em reconhecer as fronteiras de 1967 do Estado judaico.
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O documento sublinha o carácter "político" e não religioso da luta com Israel da seguinte forma: "a criação de um Estado palestiniano inteiramente soberano e independente nas fronteiras de 4 de Junho de 1967, com Jerusalém como capital, (...) podia ser a fórmula de consenso nacional".
A principal alteração é o reconhecimento do Estado da Palestina nas fronteiras de 1967 - anteriores à ocupação israelita da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e de Jerusalém Oriental, o que não significa "um reconhecimento" de Israel.
A distinção entre os judeus "como uma comunidade religiosa, por um lado, e a ocupação e o projecto sionista, por outro" e, também, a atitude de distanciamento do Hamas em relação à Irmandade Muçulmana egípcia são outros pontos importantes neste documento.
Segundo alguns especialistas, esta pode ser primeira abertura, em quase trinta anos, e poderá representar o retomar de negociações internacionais.
O Hamas foi classificado como um "grupo terrorista" pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel e viu muitos dos seus dirigentes serem alvo de sanções.
Este anúncio acontece a poucas horas do primeiro encontro entre o Presidente norte-americano, com o homólogo palestiniano.
O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que este documento não muda nada ao facto de Hamas querer enganar toda a gente.
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