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França

Republicanos franceses excluem "Macron-compatíveis"

Depois de várias semanas de especulação, ontem o partido de direita "os Republicanos" (LR) excluiu os quatro membros que deram o seu apoio ao executivo de Emmanuel Macron, o Bureau Político LR tendo também formalmente assente a saída do Primeiro-Ministro Edouard Philippe, antigo autarca Republicano da cidade do Havre, no norte de França.

Està consumado o divórcio entre o Primeiro-Ministro Edouard Philippe e o seu antigo partido, os Republicanos.
Està consumado o divórcio entre o Primeiro-Ministro Edouard Philippe e o seu antigo partido, os Republicanos. REUTERS/Charles Platiau
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Embora o Primeiro-ministro Edouard Philippe não tenha sido formalmente excluído, os responsáveis presentes ontem na reunião do Bureau Político LR assumiram automaticamente que ele saiu do partido. Excluídos foram o Ministro das Finanças, Gerald Darmanin, o Secretario de Estado para a Transição Ecológica, Sébastien Lecornu, o presidente do grupo parlamentar UDI-Constructivos, o grupo parlamentar dos deputados "Macron-compatíveis", Franck Riester, assim como o deputado Republicano desse mesmo grupo, Thierry Solère.

Depois de uma reunião na passada Terça-feira em que -por falta de quórum- não se tinha conseguido tomar nenhuma decisão, ontem uns trinta membros do Bureau que contabiliza 126 membros deslocaram-se à sede do partido e adoptaram por uma larga maioria a saída dos elementos que censuram pelo "seu apoio individual à maioria presidencial" e em alguns casos, pelo "apoio a candidatos do movimento presidencial contra os candidatos republicanos".

Entre os interessados, Sebastien Lecornu, Secretário de Estado para a Transição Ecológica, lamentou o sucedido mas disse "assumir estar a colocar a sua energia ao serviço das reformas necessárias para a França". Quanto a Thierry Solère, deputado "constructivo", fez suas as palavras de um dos seus apoiantes lamentando que "aos olhos dos republicanos, não haja desculpa para quem estende a mão a Emmanuel Macron, mas sim para quem se junta à militante de extrema-direita Marion Marechal le Pen".

Embora o grupo dos excluídos não afaste a hipótese de apresentar recurso desta decisão, existe igualmente a possibilidade de se juntarem pura e simplesmente ao partido presidencial ou então formarem o seu próprio partido. Refira-se entretanto que subsiste ainda uma dúzia de deputados republicanos no parlamento que pertencem ao grupo dos "constructivos" susceptíveis de serem igualmente alvo de medidas de exclusão, isto numa altura em que o partido Republicano, segunda força política do país, com 100 deputados no parlamento, se prepara a eleger em Dezembro uma nova direcção.

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