EUA: Harvey Weinstein indiciado por violação
O célebre produtor de cinema americano Harvey Weinstein foi acusado formalmente pela justiça nova-iorquina de violação e agressão sexual. O seu advogado garante que vai defender a sua inocência. Pendem contra ele acusações de mais de 70 mulheres de agressão sexual e violação.
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Sem dar a identidade das duas vítimas presumíveis a procuradora Joan Illuzi confirmou que Weinstein fora acusado num caso de violação e num outro de agressão sexual.
"O acusado aproveitou da sua situação, do seu dinheiro e do seu poder para atrair mulheres jovens em situações onde era capaz de cometer violência sexual contra elas", explicou a procuradora no acto de acusação.
O seu advogado, Benjamin Brafman, alega que o seu cliente nega qualquer relação não consentida e, por isso, promete defender a sua inocência.
Trata-se do mesmo advogado que defendera o antigo director-geral do Fundo monetário internacional, Dominique Strauss Kahn, também ele acusado por agressão sexual, o que lhe custou o cargo.
As acusações contra Weinstein surgiram há cerca de sete meses da parte de uma centena de mulheres originando o movimento internacional de denúncia de agressões sexuais #MeToo.
Constam do rol de queixosas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Asia Argento.
Weinstein, de 66 anos, tinha-se deslocado à esquadra do sul de Manhattan, em Nova Iorque, nos Estados Unidos sem fazer declarações.
Ele terá que pagar um milhão de dólares de fiança e utilizar uma pulseira electrónica e entregar o seu passaporte às autoridades.
De acordo com a comunicação social norte-americana a acusação de agressão sexual teria como base Lucia Evans, acusando Weinstein de a ter obrigado a fazer-lhe uma felação em 2004.
Já a mulher que o acusa de violação não teria sido ainda publicamente identificada.
Rose Ganguzza, também ela produtora de cinema norte-americana, prepara neste momento um filme sobre as aparições de Nossa Senhora em Fátima a três pastorinhos portugueses em 1917.
Ela conhece pessoalmente Harvey Weinstein e esteve em negociações com ele a propósito do filme em causa, mas a colaboração acabou por não acontecer.
Rose Ganguzza alega que é necessário não misturar todos os supostos casos de abusos sexuais no mundo da sétima arte e demonstra-se crítica em relação à actuação do movimento feminista.
Rose Ganguzza, produtora norte-americana de cinema
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